Vacina contra gripe pode ajudar a proteger o coração de sobrecargas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 8 de abril de 2018 às 23:46
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:40
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Isso porque o vírus influenza, ao provocar febre, altera a frequência cardíaca, sobrecarregando o coração

O mês de abril, que
antecede o início da temporada mais fria do ano, é um período estratégico para
a vacinação contra a gripe, que se realiza na rede pública do país. Todas as
pessoas que têm algum tipo de alteração ou doença cardiovascular podem e devem
ser vacinadas gratuitamente, mesmo não estando nos grupos prioritários
definidos pelo Ministério da Saúde: indivíduos acima dos 60 anos; crianças de 6
meses a 5 anos; gestantes; mulheres até 45 dias após o parto; trabalhadores do
segmento da saúde; povos indígenas; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob
medidas socioeducativas; população privada de liberdade; funcionários do
sistema prisional; e professores de escolas públicas e privadas.

Sim, a vacina contra a gripe é uma grande aliada do
coração. Isso porque a infecção pelo vírus influenza, ao provocar febre, pode
alterar a frequência cardíaca, sobrecarregando o bombeamento de sangue pelo
coração. Há risco, ainda, de a pessoa gripada contrair pneumonia, quadro capaz
de gerar maior complicação em quem já tem um problema cardiovascular.

Neste ano, temos um fator agravante: a variedade da
gripe que provocou um surto no Hemisfério Norte, principalmente nos Estados
Unidos, tem sido associada a casos mais graves da doença. O vírus em questão é o H3N2. Este, assim como o
H1N1 e o Influenza B, está contemplado na vacina atualizada para 2018 que será
provida pela rede pública de saúde.

Cabe esclarecer que a vacina da gripe, produzida com
vírus mortos, dificilmente apresenta efeitos colaterais. Reações adversas
graves são raras. Os benefícios da prevenção, porém, são muitos.

Além desse imunizante, também se recomenda tomar a
vacina pneumocócica, que combate a bactéria pneumococo. Ela deve ser
administrada em duas doses: a primeira da vacina conjugada (13-valente) e a
segunda, aplicada seis meses depois, da vacina contendo somente polissacarídeos
do pneumococo. Há um reforço após os 65 anos e no caso de pessoas com alto
risco, mas nunca em intervalos menores do que cinco anos.

Em caso de dúvida sobre esses imunizantes, procure
orientação de um profissional de saúde. Para evitar problemas nos postos de
vacinação, vale levar uma receita médica ou qualquer documento que comprove a
existência do problema cardiovascular.


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