Você tem pré-diabetes? Melhor não se deixar enganar por esse nome

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 1 de junho de 2018 às 15:51
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:46
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Condição exige tantos cuidados quanto diabetes em si – pré-diabetes não é pré-doença, é doença

Todos sabemos quanto o diabetes deve
ser bravamente prevenido e tratado. Sabemos também dos riscos que o aumento da
glicose no sangue pode trazer no longo prazo. Mas uma doença melindrosa e
silenciosa tem aumentado (e muito!) a sua prevalência nos últimos anos no
Brasil. Esse problema já ultrapassou o próprio diabetes. Estamos falando do
pré-diabetes.

A Federação Internacional de
Diabetes estima que havia 14,6 milhões de brasileiros com pré-diabetes diante
de 12,5 milhões de diabéticos em idade adulta no ano de 2017. Sim, o número de
pré-diabéticos superou o de pessoas com diabetes em nosso país.

Muita gente se engana ao pensar que o pré-diabetes
é uma espécie de pré-doença. Pelos estudos que temos a respeito, podemos dizer
que definitivamente a condição é uma doença para valer, que implica diversos
riscos à saúde.

Pesquisas realizadas há mais de uma década apontam
que a mortalidade cardiovascular dos pré-diabéticos é superior à da população
em geral. Recentemente, observou-se que, a exemplo do diabetes, o quadro está
associado a maior comprometimento dos rins, dos olhos e dos nervos. Sem contar
que um indivíduo com pré-diabetes tem um risco bem mais elevado de se tornar
diabético propriamente dito.

Tem gente que acha que, para o
diabetes trazer malefícios, os níveis de glicose no sangue precisam estar nas
alturas. Mas cabe destacar que mesmo pequenas elevações de glicose podem fazer
grandes estragos ao longo do tempo. É um recado que se aplica bastante ao
pré-diabetes.

A boa notícia é que o pré-diabetes
não é uma sentença de uma vida mais curta ou com menos qualidade. Um estilo de
vida saudável — com alimentação balanceada, atividade física, boas noites
de sono… — é a chave para prevenir não só a condição como para evitar que
ela evolua para o diabetes em si. Em alguns casos, o uso de medicamentos também
pode ser considerado como estratégia coadjuvante.

Outro conselho: você sabe como
estão seus níveis de glicose? Para flagrar o pré-diabetes é preciso investigá-lo.
Portanto, não deixe de fazer os exames periódicos!


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