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A febre pode ser um sintoma de uma virose simples, mas também pode ser um sinal de algo mais grave. Em alguns casos, é preciso, sim, procurar atendimento médico imediatamente

Febre é um dos quadros que mais preocupam os pais – foto Freepik
Encostou no seu filho e sentiu que ele está quente? Calma, não é preciso se desesperar. A febre é uma das queixas mais comuns nos hospitais e nos consultórios pediátricos.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) estima, inclusive, que de 20% a 30% das idas de crianças ao pronto-socorro são por esse motivo. Acontece que nem sempre é preciso sair correndo para procurar um médico.
É claro que bate a insegurança quando vemos o termômetro marcando mais de 37,8º. Afinal, a febre pode ser um sintoma de uma virose simples, mas também pode ser um sinal de algo mais grave.
A única pessoa capaz de distinguir o que está por trás do quadro é um médico pediatra. O que nós, enquanto família e cuidadores, podemos fazer é, principalmente, observar como está o comportamento geral da criança.
Em alguns casos, é preciso, sim, procurar atendimento médico imediatamente. Mas, na maioria das vezes, a febre é algo passageiro e que pode ser contornado em casa e sem pressa.
“Não precisa sair correndo para o hospital, a não ser que a criança apresente sinais de gravidade. Não temos que nos apegar só aos números do termômetro”.
“O que é importante observar é se a criança está também com outros sintomas, como desconforto, falta de apetite e palidez, por exemplo”, diz a pediatra Denise Brasileiro, presidente do departamento científico de pediatria ambulatorial da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP).
Alguns sintomas que merecem atenção são:
Manchas avermelhadas na pele
Irritabilidade e choro
Falta de resposta a estímulos
Pele pálida
Dificuldade para respirar
Não aceitação de água e alimentos
Vômitos que não param
Caso algum desses sintomas apareça, o melhor a se fazer é ir até o pronto-socorro imediatamente. Agora, se a febre aparecer isolada, sem outros sintomas, podemos agir com mais calma. Não é preciso ter tanta pressa assim e nem sair oferecendo um antitérmico logo de cara.
“Acima de 37,8º podemos considerar uma criança febril, o que não quer dizer que temos que medicar. Nesse caso, desagasalhe seu filho, hidrate oferecendo água, soro oral e líquidos à vontade”.
“A maioria desaparece sem medicação, somente com hidratação, assim como o motor do seu carro esfria quando colocamos água no radiador”, explica a SBP.
O conselho da pediatra Denise Brasileiro, da SMP, também é parecido: se a criança estiver sem outros sintomas mais graves, quem vai decidir se a criança precisa ser acompanhada ou não é o médico.
“Se perceber que a criança está febril, a família pode mandar uma mensagem para o pediatra pedindo orientação. Se ele indicar, dependendo do caso, a família pode até dar um antitérmico para tirar o mal estar e dar um conforto. Mas, se puder, o ideal é marcar uma consulta para, no máximo, o dia seguinte”, afirma.
Febre em recém-nascido: um sinal de alerta
Todas as orientações até aqui valem para crianças e bebês de 4 meses de idade ou mais. Para os menores de 3 meses, o protocolo é outro.
Nos primeiros 90 dias de vida, qualquer temperatura acima de 38º ou abaixo de 35,5º merece atenção imediata.
“Febre em recém-nascido é considerada uma emergência, e é preciso agir rápido e ir para o hospital. Essa é a fase mais delicada para uma criança desenvolver algum quadro febril, porque ainda não tomou todas as vacinas e o sistema imunológico é muito imaturo”, explica o neonatologista Samir Kassar, membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
*Informações Crescer