Tem coisa pior do que perder a carteira? Para o brasileiro, pior é perder o celular

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 5 de agosto de 2021 às 08:00
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Pix se tornou, em pouco tempo, um dos meios de pagamento preferidos dos consumidores, enquanto o cheque nem é mencionado

Muitas pessoas que nunca tinham usado o pagamento eletrônico acabaram usando para receber o auxílio emergencial.

Se antes da pandemia os consumidores já valorizavam as marcas que ofereciam diversas formas de interação, com o isolamento social o que era uma escolha se tornou questão de sobrevivência.

É o que mostra a pesquisa “Experiência Brasileira Com Serviços Financeiros”, da Fiserv, sobre os principais meios de pagamento dos brasileiros em meio à covid-19, publicada pela revista Exame.

De acordo com o levantamento da empresa, considerada líder global em tecnologia financeira e de pagamentos, o Pix, apesar de recente, só perde para os cartões de crédito e débito. Enquanto isso, o uso de dinheiro em espécie caiu bastante devido ao risco de contágio.

Pagamento eletrônico

No Brasil, muitas pessoas que nunca tinham usado o pagamento eletrônico, por exemplo, acabaram utilizando para receber o auxílio emergencial.

“A pandemia impulsionou, inclusive, o comércio online. Quem tinha receio de comprar virtualmente aderiu à modalidade por não ter outra opção”, destaca Rogério Signorini, diretor de produtos e-commerce para a Fiserv América Latina.

Na visão do executivo, é bastante provável que as pessoas sigam comprando online, mesmo quando tudo voltar ao normal.

“Talvez o consumo não seja tão acentuado como hoje, com diferença significativa entre o online e presencial, mas a tendência é o comércio online continuar a crescer em ritmo acelerado”.

Experiência digital

A pesquisa mostra ainda que, para os brasileiros, perder o celular é pior que do perder a carteira. Esse é um sinal claro da quantidade de dados e ferramentas importantes armazenadas no smartphone.

“O celular tem papel fundamental neste cenário de digitalização. Para o futuro, também podemos esperar biometria, reconhecimento facial, entre outras novidades até mesmo para pagamentos cotidianos em lojas, restaurantes e outros estabelecimentos”, afirma Signorini.

E diante das experiências oferecidas por empresas nativas digitais como Amazon, Uber e Airbnb, as expectativas em relação aos bancos também têm aumentado.

Prova disso é o fato de 70% dos entrevistados terem afirmado que mudariam de instituição bancária se não pudessem contar com uma boa interação via celular ou computador.


+ Finanças