Tecnologia detecta mais de 3.300 distrações por dia ao volante de frotas comerciais

  • Robson Leite
  • Publicado em 15 de maio de 2024 às 19:00
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Falha humana é apontada como o principal fator de acidentes de trânsito; março registra o maior volume de distrações ao volante

Um estudo recente realizado pela Cobli — FleetTech que descomplica e potencializa a gestão de frota — revelou que mais de 300 mil distrações ao volante foram registradas nas frotas comerciais brasileiras nos primeiros três meses deste ano, ou o correspondente a 3.300 distrações registradas a cada dia.

A análise teve como base comportamentos a partir de 50 Km/h, com duração mínima de 5 segundos, abrangendo veículos leves e pesados de todo o território nacional.

Para ter acesso à análise, acesse este site.

O levantamento ressalta a preocupante realidade do trânsito brasileiro, no qual a falha humana é identificada como o principal fator contribuinte para acidentes.

Imprudência

Segundo dados do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), 90% dos acidentes ocorrem devido à imprudência dos condutores, que vão desde desatenção até desrespeito à legislação.

Quando o assunto é volume de distrações ao volante, o mês de março está à frente, com janeiro e fevereiro logo atrás. Houve uma redução de 10% de janeiro para fevereiro, seguida de um crescimento de 11% de fevereiro para março.

Além disso, a análise revela que o período do dia com mais incidências de distração do motorista ao volante é a tarde, respondendo por 42% dos casos, seguida pela noite, com 29%, e por último, a manhã, com 22%.

Uma distração a cada 224 quilômetros

Nos primeiros três meses do ano, a média revela uma distração a cada 224 km percorridos.

“Há cerca de 11 milhões de veículos comerciais no Brasil. Se usarmos como base a média que os clientes de videotelemetria da Cobli dirigem, que é de 100 quilômetros por dia, temos um cenário preocupante: podem acontecer mais de 4,9 milhões de distrações ao volante Brasil afora”, explica Rodrigo Mourad, presidente e cofundador da Cobli.

Segundo ele, “esses comportamentos de risco colocam condutores e todos que circulam nas vias em perigo. O valor da vida é inestimável e há também os custos relacionados a acidentes para as empresas e órgãos públicos”.


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