Setor do Turismo segue entre os mais atingidos e sem previsão imediata de retomada

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 19 de maio de 2021 às 15:00
  • Modificado em 19 de maio de 2021 às 15:52
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Atividades de turismo movimentam hotéis, setor da alimentação, comércio em geral da cidades

Atividades de turismo movimentam hotéis, setor das alimentação, comércio em geral da cidades

Desde o início da pandemia, o Turismo é um dos segmentos que mais tem sido atingido pela crise que afetou diretamente milhões de vidas e a economia global.

De acordo com pesquisa feita pelo Sebrae sobre os impactos da vacinação na retomada das atividades dos pequenos negócios, esse segmento deve voltar ao patamar de faturamento anterior à pandemia somente em 2022, mesmo que 100% da população já tenha sido vacinada até dezembro desse ano.

Além do setor depender da vacinação em massa da população, os empreendedores desse segmento deverão se adaptar aos novos desejos e necessidades dos clientes.

Mapear

Para entender melhor esse contexto e mapear as oportunidades que surgem nesse novo normal, o Sebrae elaborou estudo que mostra pontualmente as principais tendências do Turismo para o Brasil e também revela os desejos e anseios do público fluminense quando pensa em turismo.

“Esse material orienta as empresas do trade turístico e ajuda na elaboração de políticas públicas que permitam que o turismo volte a ser uma das principais fontes de recursos e de geração de empregos, tanto no Rio de Janeiro quanto no resto do país”, ressalta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Estudo

De acordo com o estudo, para que as empresas do setor voltem a faturar, elas terão que adotar os protocolos de segurança e aderir às novas tecnologias com o intuito de garantir aos clientes mais confiança no empreendimento.

Como inovações sugeridas pelo estudo do Sebrae, estão a inclusão de check-in e check-out digitais, identificação digital, pagamento por aproximação, internet das coisas, realidade virtual e inteligência artificial.

“No período pré-Covid, o turismo representava 3% do PIB do Estado do Rio de Janeiro e era o destino preferido de 40% do total de turistas do país. Para fugir da crise, o empreendedor precisa encontrar as melhores estratégias que façam a diferença no seu negócio”, afirmou.

Tópicos

Entre os tópicos vêm ainda a aproximação com o cliente; a diversificação do portfólio; lições de boas práticas; adoção de mecanismos que assegurem ao cliente segurança sanitária; utilização de tecnologias que possibilitem o Low Touch (pouco contato).

Também a implantação nos seus modelos de negócios e serviços de tendências como: workation, ecoturismo e experiências, e uma organização para lidar com necessidade de adiamentos, cancelamentos de reservas são caminhos que o empresário deve seguir.

Apoio

Para acompanhar essas mudanças, os empreendedores podem contar com o nosso apoio. Elaboramos um conjunto de soluções e conteúdos para ajudá-los a passar por esse momento”, reforça o diretor-superintendente do Sebrae, Antonio Alvarenga.

O levantamento do Sebrae também aponta o turismo de luxo com uma forte demanda e indica caminhos para que as empresas possam atingir esse nicho.

Dentre as dicas da instituição, estão o turismo gastronômico, prestação de serviços exclusivos de bem-estar, aluguel de suítes para microcelebrações ou de espaços inteiros e a oferta de passeios personalizados. O Turismo de Charme também é uma boa oportunidade para atrair turistas.

Em alta

O estudo revela que os empreendedores que investirem no turismo de proximidade e ecoturismo poderão se beneficiar dessa retomada das atividades com maior agilidade.

De acordo com o levantamento, os turistas desejam conhecer cidades do interior, viajar de carro ou em voos com até 3h de duração e estão atentos às medidas de proteção adotadas pelas empresas.

“Com a pandemia do coronavírus, o turismo nacional precisará se reinventar. As pessoas têm procurado viajar para lugares mais próximos e que ofereçam recursos naturais, como praias, cachoeiras, reservas e parques.

Além disso, a execução de ações de impacto social pode ser um diferencial para atrair novos turistas”, pontua o presidente do Sebrae.


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