Sabesp retoma atendimento presencial e destaca ameaça real de racionamento de água

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 27 de julho de 2021 às 19:00
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Há estudos que falam na pior crise dos últimos 50 anos, outros dizem 90 anos, segundo superintendente da Sabesp, Alex Veronez

Há estudos que falam na pior crise dos últimos 50 anos, outros dizem 90 anos, segundo superintendente da Sabesp, Alex Veronez

O gerente distrital da Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp), Alex Veronez, esteve na Tribuna da Câmara Municipal de Franca nesta terça-feira (27) e prestou informações importantes para a população.

Alex confirmou que o atendimento presencial dos consumidores já a partir da próxima segunda-feira, dia 2 de agosto.

Os serviços serão prestados com os cuidados necessários para controle e prevenção da Covid-19 e com capacidade reduzida.

Racionamento

Sobre a situação do abastecimento e as medidas que estão sendo tomadas, Veronez, esclareceu que a situação é grave.

“Realmente é uma crise assustadora, há estudos que falam na pior crise dos últimos 50 anos, outros dizem 90 anos”.

De acordo com o gerente da Sabesp, houve uma queda de 40% nos índices de chuvas e só para se ter ideia da gravidade do problema, o Rio Canoas, que é a principal fonte de captação de água para abastecimento do município, que antes tinha produção de 1.850 litros por segundo caiu pela metade.‘

“Eu não posso me omitir, a situação é séria. Existe um plano de mídia para pedir a população para que faça uso racional de água”, enfatizou Alex.

Medidas imediatas

Como medidas emergenciais, ele destacou que foram instaladas duas novas captações.

“Uma no Rio Canoas e a outra no Córrego dos Macacos no Jardim Luiza, e uma alternativa em Restinga no Aquífero Guarani. Mesmo assim não posso dizer que não terá racionamento”.

Questionado pelos parlamentares, Veronez, ainda informou sobre as reuniões constantes para definição e planejamento de plano de racionamento.

“Se a gente ficar mais um mês sem chuva, podemos ter racionamento. E estamos planejando da melhor forma possível para não afetar apenas uma região e minimizar os impactos à população. Essa será a última alternativa”.

Rio Sapucaí

Outra preocupação dos vereadores que foi debatida na Casa de Leis se refere a demora para a conclusão das obras na nova captação de água no Rio Sapucaí.

As informações também foram passadas aos parlamentares pelo representante da empresa e de acordo com os dados, são 21 quilômetros de tubulação para captar água até as adutoras e reservatórios. A obra deve receber investimento de aproximadamente R$ 300 milhões.

Alex Veronez disse aos vereadores ‘que a previsão de término é para 2022, mas alertou que não é uma obra simples, é complexa e uma das maiores obras do Estado’.


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