Quer morar na Itália? Vilas da Calábria pagam R$ 175 mil a quem se mudar para lá

  • Robson Leite
  • Publicado em 28 de julho de 2021 às 10:00
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A região italiana da Calábria planeja oferecer até 28 mil euros durante, no máximo, três anos, para quem se mudar para um de seus vilarejos.

O vilarejo de Altomonte faz parte do projeto de incentivar a chegada de moradores e trabalhadores

A região italiana da Calábria planeja oferecer até 28 mil euros (cerca de R$ 168 mil) durante, no máximo, três anos, para quem se mudar para um de seus vilarejos.

Com a iniciativa, o governo local quer reverter o declínio populacional das aldeias, que têm em torno de 2 mil habitantes cada.

Mas para viver próximo às ruínas históricas, montanhas e praias na Itália, é preciso preencher requisitos de idade e se comprometer a contribuir com a economia local.

Ao todo, nove cidades participam do programa de estímulo e financiamento idealizado.

Veja as cidades

São elas: Civita, Samo e Precacore, Aieta, Bova, Caccuri, Albidona, Sant’Agata del Bianco, Santa Severina e San Donato di Ninea.

Para aplicar, segundo a CNN, é preciso ter entre 18 e 40 anos, além de se comprometer a lançar um pequeno negócio ou aceitar ofertas profissionais específicas já existentes na região.

Os candidatos também deverão estar dispostos a estabelecer residência em um dos vilarejos da Calábria, no Sul da Itália, e prontos para se mudar em até 90 dias após a aceitação.

A expectativa é atrair jovens proativos que contribuam com o mercado de trabalho local.

Entre 800 e 1000 euros 

Uma vez aceito para o programa, a renda mensal pode variar entre 1000 e 800 euros em um período de dois a três anos, segundo um conselheiro regional, Gianluca Gallo.

O candidato poderá receber, ainda, um financiamento único como incentivo para o lançamento de um restaurante, bar, loja ou outro tipo de empreendimento comercial novo.

“Estamos aprimorando os detalhes técnicos, o valor mensal exato e a duração dos fundos, e se incluiremos também vilas um pouco maiores com até 3.000 residentes”, disse Gianluca Gallo à CNN..

Ele disse que teve até agora um grande interesse das aldeias e, esperançosamente, se este primeiro esquema funcionar, é provável que haja mais nos próximos anos.

Pequena escala

“O objetivo é impulsionar a economia local e dar uma nova vida às comunidades de pequena escala”, reforçou Gallo à CNN.

A demanda por trabalhadores já existe na região da Calábria, em forma de apelo para que as populações locais não desapareçam no futuro.

A ideia é revitalizar as pequenas comunidades com uma abordagem mais ativa e direcionada, estimulando a chegada de novos moradores.

O prefeito da cidade de Altomonte, Gianpietro Coppola, contou à CNN que a ideia é não só trazer pessoas para o trabalho, mas também para curtir a vida nas pacatas aldeias.

Programa

Governante em uma das cidades da Calábria, ele é um dos que contribui com o programa.

“Queremos que isso seja um experimento de inclusão social. Atrair pessoas para a vida na região, para curtir o ambiente, fazer uso e enfeitar locais de trabalho como salas de conferência e conventos com internet de alta velocidade”, afirmou Coppola.

Segundo ele, o turismo incerto e ofertas de casas por um euro não são as melhores saídas para renovar o Sul da Itália.

Cerca de 75% das cidades da Calábria – um número em torno de 320 – têm população menor que 5 mil habitantes, o que leva ao temor de que desapareçam no futuro.

O programa e sua inscrição devem ser lançados nas próximas semanas e o investimento já passou de 700 mil euros.

Enquanto o programa não é lançado, conheça um pouco da Calábria clicando aqui.


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