Polêmica sobre os ambulantes expõe “fogo amigo” na gestão Gilson

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 27 de abril de 2017 às 06:02
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:10
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Aliados do prefeito suspeitam que há movimentos de aliados que prejudicam prefeito

​O recente episódio envolvendo a polêmica fiscalização dos vendedores ambulantes no Centro de Franca levantou uma série de discussões internas no paço municipal acerca de quem está favorável ou contrário à gestão de Gilson de Souza (DEM).

Ocorre que o governo vem sendo criticado por não tomar atitudes quanto à presença de dezenas de ambulantes no Centro de Franca, sobretudo nas praças Nossa Senhora Conceição e Barão e calçadão da Rua Marechal Deodoro.

Tanto a população, abordada sem qualquer critério, como os comerciantes, que enfrentam concorrência desleal, questionam as razões de não haver fiscalização sobre eles.

Fato é que os fiscais que faziam este trabalho, vinculados a Obras e Posturas, conseguiram na Justiça o direito de não atuar na questão dos ambulantes, por não se tratar de uma atribuição inerente ao cargo que ocupam. 

A Justiça entendeu que a tarefa compete aos fiscais de Renda Auxiliar e de Tributos.

Mas ao invés de seguir a sentença do juiz Ariel Pontes, da Justiça do Trabalho de Franca, o Poder Executivo protocolou projeto na Câmara Municipal para mudar as atribuições dos fiscais de Obras e Concursos, ou seja, mudar as funções para as quais eles prestaram concurso – por mais estranho que possa parecer.

A reação dos fiscais foi imediata e eles anunciaram que se mobilizariam junto à Câmara para evitar a aprovação.

E mais: denunciariam o caso de flagrante desobediência e ilegalidade à Justiça, o que poderia desencadear até um processo por improbidade administrativa contra Gilson de Souza que, alertado de toda a situação, pediu a retirada rapidamente o projeto de tramitação no Legislativo.

Para um importante aliado de Gilson, que pede anonimato, é preciso ir a fundo na questão, tida como “grave” no gabinete. 

Para ele, o prefeito tem que ficar alerta com um possível “fogo amigo” em sua gestão.

“Basta observar a série de decisões equivocadas e projetos de lei mal feitos, como este dos fiscais, dos comissionados, do Carnaval, entre outros. O prefeito tem que ter cuidado com quem o cerca, pois supostos amigos podem até cassá-lo, na minha visão”, afirmou o aliado.


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