Petrobras anuncia novos reajustes e alta da gasolina já passa de 50% só em 2021

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 8 de março de 2021 às 18:00
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É o sexto reajuste da gasolina e o quinto do diesel em 2021, com altas acumuladas de 53% e 40%, respectivamente

Preço da gasolina sobe pela 4ª vez este ano a partir desta sexta-feira, 19

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) novos reajustes nos preços da gasolina e do diesel, com vigência a partir desta terça (9).

A gasolina vendida pelas refinarias da estatal subirá 8,8%. Já o diesel terá aumento de 5,5%.

É o sexto reajuste da gasolina e o quinto do diesel em 2021, com altas acumuladas de 53% e 40%, respectivamente.

Segundo a Petrobras, a partir desta terça o litro da gasolina em suas refinarias passará a custar, em média, R$ 2,84, ou R$ 0,23 a mais do que o valor vigente até esta segunda. O diesel será vendido por R$ 2,86 por litro, alta de R$ 0,15.

A alta no preço do diesel equivale à metade do ganho que seria obtido com a isenção de impostos federais implantada por Bolsonaro na semana passada para tentar acalmar os caminhoneiros.

Na quinta-feira (4), o jornal Folha de S.Paulo mostrou que, mesmo após a isenção, o preço do combustível permaneceu em alta nos postos. As informações são do repórter Guilherme Pamplona, da Folhapress.

Na semana passada, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço médio do diesel nos postos brasileiros chegou a R$ 4,230 por litro, 1,1% acima do verificado na semana anterior, antes da isenção.

Em um mês, o preço do combustível subiu 11% nas bombas. Em 2021, a alta acumulada é de 16,7%.

Já o preço médio da gasolina foi de R$ 5,290 por litro, alta de 2,3% em uma semana e de 9,4% em um mês. No ano, o preço da gasolina nas bombas já aumentou 17,7%.

A política de preços da Petrobras segue um conceito conhecido como paridade de importação, que calcula quanto custaria vender combustíveis importados no mercado interno.

O cálculo considera as cotações internacionais, a taxa de câmbio e os custos de importação.

As cotações internacionais vêm em recuperação desde o segundo semestre de 2020, após o período mais duro da pandemia. Este ano, dispararam com as perspectivas de retomada econômica após o início da vacinação.

Nesta segunda, a cotação do petróleo Brent, referência internacional negociada em Londres, atingiu a marca dos US$ 70 (R$ 400 por barril) pela primeira vez depois do início da pandemia, diante do aumento da tensão no Oriente Médio após relatos de ataques a instalações na Arábia Saudita.

Já a taxa de câmbio também segue pressionada pelo risco fiscal e pelos juros baixos.

No relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda, os especialistas consultados passaram a ver o dólar a R$ 5,15 ao final de 2021, contra R$ 5,10 antes. Para o ano que vem a taxa subiu a R$ 5,13, de R$ 5,03.


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