Para BC, é possível que efeitos do isolamento persistam até meio de 2021

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 30 de maio de 2020 às 15:46
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:47
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A questão, agora, não é se a economia ficará fechada por mais 8 ou 9 meses, mas sim qual será o novo normal

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que os efeitos das medidas de isolamento social podem continuar tendo efeitos sobre a economia pelo menos até a metade do ano que vem, mesmo que as restrições sejam retiradas. 

Para Campos Neto, o medo que as pessoas sentem de serem contaminadas fará com que muitos mantenham hábitos adquiridos durante o período de quarentena.

“Quando a economia reabrir, as pessoas não vão retomar velhos hábitos imediatamente”, disse Campos Neto. 

“Quando comparamos os dados dos países que adotaram medidas de distanciamento social, entre aqueles que já estão reabrindo e aqueles que estão adotando as medidas agora, não muda muita coisa”.

A afirmação do presidente do Banco Central foi em referência a instrumentos que medem a mobilidade das pessoas, como GPS de celulares.

“Tendo a pensar que os efeitos do medo podem durar pelo menos até meados do ano que vem”, disse Campos Neto, ao participar de live organizada pelo Valor Capital Group. 

“A questão, agora, não é se vamos fechar a economia por mais oito ou nove meses, mas sim qual será o novo normal”, acrescentou.

Campos Neto também comentou a agenda de inclusão financeira tocada pelo Banco Central e disse que o sistema financeiro deixou de ser o problema que foi na crise financeira de 2008 e passou a ser parte da solução no cenário atual.


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