Butantan consegue patente para produzir vacina contra a dengue

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de junho de 2018 às 23:01
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:49
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Com registro concedido nos Estados Unidos, Instituto Butantan poderá exporta tecnologia para vacina

O Instituto
Butantan, responsável pelo seu desenvolvimento e pesquisa da vacina contra
dengue, conseguiu patentear a produção da dose nos Estados Unidos. Com o
registro do Escritório Americano de Patentes e Marcas (USPTO, em inglês), o
projeto ganhará ainda mais visibilidade internacional.

A entidade,
vinculada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, poderá, por meio dessa
conquista, exportar a tecnologia ao hemisfério Norte, que também vem
enfrentando casos de dengue e irá demandar a vacina.

Diante disso, o
Instituto se coloca na vanguarda desse processo. “A patente obtida nos Estado
Unidos demonstra o nível de excelência do Butantan, no panorama internacional,
comparável aos melhores centros do mundo graças à competência obtida no
desenvolvimento desta vacina”, celebra o diretor do órgão, Dimas Tadeu Covas.

Desde o início, o
investimento da pesquisa partiu da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo (FAPESP). A terceira fase do estudo clínico, que começou em 2016, é
realizada em 14 centros de pesquisas espalhados por todas as regiões do país e
totaliza 17 mil voluntários.

O objetivo nesta etapa é comprovar a eficácia do
composto na proteção contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. Por
enquanto, os testes mostram que ele será seguro para pessoas de 02 a 59 anos.
Assim que finalizada, o Instituto estará apto para pedir o registro à Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Vamos continuar buscando soluções
inovadoras para saúde pública e para o SUS. (Além da vacina,) não podemos nos
esquecer do nosso principal instrumento, que é combater o mosquito. Felizmente,
as taxas de proliferação caíram bastante e tendem a cair ainda mais com o
inverno”, comenta o secretário de Estado da Saúde, Marco Antonio Zago.


+ Saúde