HISTÓRIAS DA MÚSICA BRASILEIRA

  • mmargoliner
  • Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 09:51
  • Modificado em 25 de janeiro de 2016 às 09:51
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ÁGUA DE BEBER

“Água de beber / Água de beber, camará…”

Refrão de uma das criações da época áurea da bossa-nova mais gravadas em todo o mundo.  Assinada por Tom Jobim e Vinícius de Moraes, ganhou letra em inglês através de Norman Gimble , acabando por ser classificada como “standard” da bossa-nova e do jazz . Além da voz dos próprios Vinícius (78 rpm, em 1961) e Tom (LP-1963), mereceu interpretações primorosas como as de Maysa, Astrud Gilberto, Frank Sinatra, Al Jarreau, Ella Fitzgerald e muitos outros cobras da música brasileira e internacional, além de versões instrumentais, entre as quais, pra não nos estendermos muito, podemos citar as do guitarrista Lee Ritenour juntamente com o pianista Dave Grusin e a do violonista Charlie Byrd.

Mas veja que interessante, essa  história de Kleber Farias , um dos engenheiros que ajudaram na construção de Brasília:  Em 1959, época da construção da nova capital, o então presidente Juscelino Kubitschek havia convidado Tom Jobim e Vinicius de Moraes para passar uma temporada no Catetinho (palácio provisório, feito de madeira) para compor uma sinfonia que deveria ser executada no dia da inauguração de Brasília. Numa noite qualquer, Vinicius e Tom caminhavam perto do Palácio de Madeira,  quando ouviram barulho de água. Curiosos, perguntaram ao vigia do local que barulho era aquele .

Veio a resposta : -“ Você não sabe não? É aqui que tem água de beber, camará.”

Assim conheceram a fonte de água e de inspiração para a primeira música composta em Brasília.

Kleber foi um dos primeiros a ouvir a música, cantada por Tom e Vinícius no único hotel da cidade, horas depois de compô-la. 

TEM  GENTE “BOA DEMAIS” , NA MÚSICA DE FRANCA !

Tem, sim… E acabam de gravar seu CD de estréia, que chega às minhas mãos pelo meu filho Zûk Chagas : são os meninos da banda “ORIPE”. O disco “Novos Rumos” tá fresquinho e cheio de surpresas agradáveis !

Eu já sabia da existência do grupo (que usava o nome de “Seu Oripe”) mas confesso que pensava que fizessem coisa de moleque. Mas Coisa de Moleque (Gil Reis) é apenas uma das nove preciosidades contidas neste trabalho de gente grande sobre o qual  tenho o prazer de comentar aqui. São nove faixas bem “jazz”, com incursões pela música brasileira influenciada pelo baião e pelo choro, com  groove , swing e consciência que poucos conseguem imprimir.

Olhai o time : bateria e percussão MARQUINHO SABINO ; baixos ( convencional e fretless) DIEGO RANDI ; violão, viola , guitarra e vocal VINÍCIUS MANIZA e teclado, piano, scaletta, acordeon (que muitos preferem chamar acordeão ou sanfona) e programações GIL REIS.

As composições são assinadas na maioria por Maniza, contando com mais  duas assinadas por Gil e uma por Randi.

Participam como convidados Alex Reis e Larissa Baq como percussionistas, o trombonista Mauro Zacharias, o saxofonista Beto Sapio e o trompetista Chico Oliveira.

“Oripe-Novos Rumos” : sob a minha modesta ótica, UM DISCÃO !

BENY CHAGAS MUSIC SHOW

Um pouco de blues, um pouco soul, de bossa, R & B, jazz…Grandes originais e primorosas releituras vocais e instrumentais. Coisas que você não ouve NORMALMENTE por aí.

Sábado às 9 e domingo às 10 da manhã na Mais Brasil FM-Franca–SP-101,3 Mhz.

Sábado às 11 e domingo ao meio-dia em www.francanoticias.com.br.

Sábado e domingo às 11 da manhã em www.radionovaip.com.br-Ribeirão Preto-SP.

Sábado e domingo às 20 horas em www.ponto1000.com- Ribeirão Preto-SP.

Aguarde mais endereços. Não abro mão de você.

*Esta coluna é semanal e atualizada aos domingos.


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