Franca terá canal de comunicação para ajudar vítimas de violência doméstica

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 19 de fevereiro de 2021 às 08:00
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Contato pode ser feito pelo WhatsApp e pelo Instagram com promotor e coordenadora de comissão de defesa da mulher da OAB

Projeto Escuta Ativa ajudará a comunicação, de forma anônima, de casos de violência domésticaProjeto Escuta Ativa ajudará a comunicação, de forma anônima, de casos de violência doméstica

 

O Ministério Público abriu um canal de comunicação para dar suporte às vítimas de violência doméstica em Franca.

O objetivo do projeto Escuta Ativa é dar orientação e incentivar a denúncia de mulheres em situações de risco.

Os canais estão disponíveis no WhatsApp, pelo telefone (16) 99184-4403, e no Instagram, pelo perfil @claudioescavassini. A identidade das pessoas será mantida em sigilo.

Segundo o promotor de Justiça Claudio Escavassini, um dos responsáveis pelo projeto, o volume de denúncias realizadas por mulheres durante o período de isolamento social, causado pela pandemia de coronavírus, diminuiu na cidade em relação aos anos anteriores.

“Nós percebemos que, durante a pandemia, o isolamento social, o número de ocorrências formalizadas junto à Polícia Civil diminuiu. Por exemplo: em abril de 2020, foram 30 ocorrências registradas. Já no fim do ano, quando ocorreram as flexibilizações, nós chegamos a um número de 80″.

“Identificamos dessa forma que mulheres em situação de vulnerabilidade estavam com dificuldades de acessar os equipamentos de apoio e acolhimento”, afirma.

Pelo celular, mulheres, familiares de vítimas e pessoas interessadas em fazer denúncias ou buscar apoio de uma rede de atendimento, podem entrar em contato direto com o promotor e com a advogada Carolina Gonçalves de Oliveira Escavassini, coordenadora da Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Carolina, que também ajudou a desenvolver os canais de comunicação, afirma que a informação é a melhor forma de ajudar mulheres vulneráveis a denunciar situações de abuso.

“A mulher estando em casa com o Whatsapp, tem o acesso mais fácil. Ela pode solicitar uma ajuda para nós, buscar onde ela pode procurar auxílio”.

“Por causa da pandemia, essas mulheres têm dificuldade de conhecimento sobre se os órgãos estão funcionando, locais, horários, como buscar ajuda. Elas podem confiar, é algo sigiloso, só nós vamos responder as perguntas”, afirma Carolina.

O perfil do Instagram também terá informações para profissionais que atuam no enfrentamento à violência doméstica, familiar e de gênero, indicando conteúdos jurídicos e técnicos.

Em 2020, Franca registrou um total de 757 denúncias de agressão contra mulheres.

*Informações G1


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