Falta de remédios de alto custo é grave e prejudica população em Franca

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 20 de janeiro de 2018 às 14:56
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:32
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Estado e a Prefeitura não fornecem alguns tipos de medicamentos e pacientes correm riscos

Muitos moradores de Franca têm reclamado, junto à Câmara Municipal de Franca, de que determinados medicamentos de alto custo não está sendo fornecidos pelo poder público estadual. O município também não tem dado a assistência nos mesmos medicamentos.

Os remédios são de alto custo e de uso contínuo e fornecidos mediante receituário médico, atendendo a pacientes que padecem de diversas doenças. Alguns desse medicamentos não tem sequer previsão de chegada a Franca; outros, serão fornecidos na primeira e na segunda quinzena de fevereiro.

Em resposta a um ofício do Poder Legislativo, a diretora do DRS-8 (Diretoria Regional de Saúde), Adriana Ruzene, afirmou que a Secretaria Estadual de Saúde tem encontrado dificuldade na compra dos remédios.

Entre os problemas estão pregões de compra desertos, atrasos nas entregas pelos fornecedores, indisponibilidade de matéria-prima pelos laboratórios, entre outras.

“A diretora disse que a falta desses medicamentos é rotativa, uma vez que as entregas são feitas individualmente. O preocupante é que a população de Franca acaba desassistida, principalmente os usuários do SUS, que têm menos condições financeiras”, disse o vereador Pastor Otávio (PTB), que recebeu várias reclamações em seu gabinete na Câmara. 

O vereador disse que há casos graves, de medicamentos como Alfaepoetina, utilizado para evitar anemia em pacientes com insuficiência renal e que fazem hemodiálise. Ou Golimumabe, injeção indicada para pacientes com artrite reumatóide – geralmente idosos.

“É obrigação do poder público fornecer tais medicamentos e esses, por exemplo, não tem nem previsão de chegada. Quem não tiver condições de comprar, terá sua saúde comprometida e corre até risco de morte. É preciso que o Estado se mexa nesse sentido”, disse Pastor Otávio.

O parlamentar afirmou que vai tratar da situação inicialmente com o secretário municipal de Saúde, Rodolfo Morais, para saber se há como o município intervir. Já na semana que vem, Pastor Otávio tentará agendar audiência com o médico David Uip, secretário estadual da pasta.


+ Política