Falta de mão de obra: empresas pagam até R$ 20 mil para profissionais de tecnologia

  • Robson Leite
  • Publicado em 20 de março de 2022 às 20:00
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O interesse de empresas estrangeiras em talentos de TI do Brasil cresceu no último ano, e não falta força de trabalho.

Num cenário de 13,9 milhões de desempregados no país, chega a ser difícil imaginar ir a uma entrevista onde o recrutador precisa convencer o candidato a aceitar a vaga. Essa é a realidade dos profissionais de tecnologia.

Com alta demanda por mão de obra, as empresas têm “roubado” especialistas das concorrentes, oferecendo atrativos como trabalho remoto, cursos de qualificação, além de altíssimos salários.

Tulio Vieira, head de Data Science do Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação (IGTI), conta que basta um curso de seis meses para entrar no mercado ganhando entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. Para os mais qualificados, já se pagam salários de R$ 20 mil.

De acordo com dados da Brasscom, Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais, até novembro do ano passado foram contratados 196,5 mil profissionais dessa área — praticamente o dobro do total de contratações em 2020 e 2019 juntos.

Segundo o jornal Extra, a estimativa é que, até 2025, haja demanda por 797 mil talentos, o que representa 159 mil novas vagas abertas por ano. Em contrapartida, em média, apenas 53 mil pessoas são formadas em cursos de perfil tecnológico anualmente.

A plataforma de viagens Hurb está com vagas abertas para Desenvolvedor e Engenheiro de Software, oferecendo R$ 12 mil e R$ 8 mil respectivamente. Já a startup Solfácil, de soluções para geração de energia solar, acaba de abrir mais de 200 oportunidades para pessoas com conhecimento em tecnologia. A remuneração inicial é de R$ 4.800.

“A demanda cresceu exponencialmente na pandemia e ainda dá tempo de aproveitar o boom do mercado. Cursos livres são uma forma rápida de iniciar nesta carreira. No IGTI, por exemplo, oferecemos mais de 40 formações on-line, através de um plano de assinatura mensal de R$ 65”, diz Vieira.


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