​Ex-delegado preso na Operação Câmbio Negro da Polícia Civil de Minas

  • mmargoliner
  • Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 11:33
  • Modificado em 2 de dezembro de 2015 às 11:33
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Delegado também é processado por suposta participação em desvio de verbas em Passos (MG)

Policiais invadem casa de suspeito durante a operação no começo da manhã em Passos - MG (Foto G1 Sul de Minas)

A Polícia Civil prendeu em Passos (MG), cinco pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha envolvida em explosões de caixas eletrônicos e lavagem de dinheiro.

Entre eles está o delegado aposentado Wagner Diniz Caldeira, que já havia sido detido em outubro por suposta participação em um esquema de desvio de verbas na Saúde do município. Caldeira era assessor especial da prefeitura, mas foi exonerado logo após a operação.

Ao todo, 30 policiais de toda a região foram chamados para integrar a operação chamada de “Câmbio Negro”, uma referência à troca de moedas realizada de forma ilegal. 

A ação começou às 6h, quando as equipes foram cumprir os mandados de prisão. Em uma casa da cidade, foi preso um dos chefes da quadrilha e foram apreendidas uma arma e dois veículos do suspeito. Os outros quatro suspeitos foram presos também na parte da manhã.

Ex-delegado tentou a eleição a Deputado Federal e perdeu. Já esteve envolvido em outra ação criminosa (Foto Arquivo Pessoal - Eleições)

Desde o ano passado, a polícia já vinha investigando a quadrilha. A primeira parte da operação, chamada “Firebox”, apurava explosões de caixas eletrônicos na região, quando a quadrilha se envolveu com outras pessoas da cidade para tentar roubar R$ 6 milhões de uma empresa transportadora de veículos, teve início a operação “Câmbio Negro”. 

O plano foi descoberto através de ligações e mensagens de membros da quadrilha que foram interceptadas pela polícia.

Segundo a Polícia Civil, mesmo com a falha do plano de roubo, o chefe da quadrilha teria conseguido furtar cerca de R$ 600 mil da empresa. Ainda segundo as investigações da polícia, junto com o pai, o suspeito teria lavado o dinheiro roubado comprando bens.

O ex-delegado da Polícia Civil foi levado para o Presídio Nelson Hungria, em Belo Horizonte (MG). Os outros presos estão no Presídio de Passos. Segundo o delegado Thiago Gomes Ribeiro, eles vão responder por organização criminosa, furto qualificado, explosão de caixas eletrônicos e lavagem de dinheiro.


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