Empresário, também do setor da cafeicultura, vai substituir Flávia Lancha

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 17:23
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:12
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Prefeito tenta abafar desgaste causado pela saída da secretária Flávia Lancha

​O Prefeito de Franca,Gilson de Souza (DEM) , tenta minimizar o estragos e desgastes causados pela saída da Secretaria de Desenvolvimento, Flávia Lancha, que “pediu o boné” depois de uma série de desencontros no governo municipal, promovendo uma troca rápida na pasta. É mais uma, das muitas trocas feitas ao longo dos 23 meses do atual governo. 

O novo titular da pasta é o empresário Anderson Mitsuhiro Minamihara

Flávia Olivito, filha do ex-prefeito e ex-vereador José Lancha Filho, foi candidata a prefeita nas últimas eleições pelo PMDB e no segundo turno optou por apoiar Gilson de Souza com promessa de espaço no Governo numa área onde ela teria bom trânsito, já que é empresária bem sucedida na área do empreendedorismo, com seu marido, Gabriel Mei de Oliveira, na Fazenda Agropecuária Labareda, produtora de cafés especiais. 

A “gota d’água” para que Flávia Lancha deixasse o Governo (algo que já era previsto, dadas as suas pretensões de ser novamente candidata à prefeita), foi a sempre conhecida indecisão do prefeito Gilson de Souza em adotar medidas que são corriqueiras, cotidianas. 

Este descompasso aconteceu, por exemplo, na demora em definir o apoio ao Projeto de apoio a pequenos calçadistas que anualmente participam como estande “Moda Franca”, da Feira Couromoda, na Capital, montado em parceria com a Prefeitura 

O projeto denominado “Moda Franca” levou 29 pequenos empresários para a edição de 2018 que ocorreu também em janeiro. 

Estas pequenas empresas venderam R$ 13 milhões com a compra por lojistas e importadores de 165 mil pares de sapato, o que gerou, segundo os participantes, mais de 1.500 empregos em Franca. 

Geradora de emprego e de vendas para o sapato produzido em Franca, a participação tem significativa importância que não foi levada em consideração pelo governo de Franca (o prefeito só voltou atrás depois do estrago causado pelas suas idas e vindas a respeito da participação francana na feira, mas aí Flávia Lancha já havia “pego o chapéu” e deixado a administração. 

Assim como ex-secretários que abandonaram o governo por conta das constantes interferências políticas do grupo do Prefeito, Flávia Lancha sempre acrescentou determinação, conhecimento e iniciativa no governo, mas parece que tais virtudes e eficiência não são o objetivo principal do governo souzista. 

O CASO DO ALUGUEL 

Flávia Lancha, antes de queimar todas suas fichas políticas na atual administração, antes mesmo do episódio Couromoda, já havia mostrado descontentamento, inclusive em alegações que fez o Inquérito aberto pelo Promotor Paulo César Corrêa Borges, do Ministério Público Estadual em Franca, para investigar o pagamento de aluguéis em um prédio fechado há mais de seis meses, na Vila Chico Júlio. 

O prédio, que pertence a um empresário amigo do prefeito, abrigou, até 2017, o Projeto Incubadora de Empresas, para auxiliar o crescimento de pequenos empresários em início de carreira na área de calçados. 

O projeto foi abandonado e Flávia Olivito Lancha opinou de forma oficial pela devolução do imóvel, já que o mesmo não tinha mais utilidade para a Prefeitura, visto que o projeto de incubadora foi abandonado por Gilson de Souza. 

Nesta intenção, porém, Flávia bateu de frente com a Secretaria de Finanças de Gilson, Tânia Bertolino, que com as bençãos do prefeito, determinou a renovação do contrato de aluguel do prédio, o que já custou aos contribuintes francanos mais de R$ 60 mil, por um imóvel que não está ocupado e, portanto, não serve aos objetivos de gerar renda e emprego aos francanos. 


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