COMPULSÃO DOS ARTISTAS

  • mmargoliner
  • Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 15:52
  • Modificado em 9 de fevereiro de 2017 às 15:52
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Fofocas falam de defeitos… Afinal, começamos a falar dos “defeitos” dos músicos neste jornal para que todos possamos perceber que defeitos todos temos.  Desde a primeira publicação colocamos algum problema, crítica da sociedade, em relação aos músicos.

E hoje, gostaria de falar da COMPULSIVIDADE.

Na verdade, todos temos algum tipo de compulsão. Graças aos grandes compositores, graças aos grandes gênios do mundo , temos hoje obras em todos os setores muitas vezes impulsionadas pela compulsão.

Se Mozart não tivesse escrito mais ou menos 700 obras em apenas 35 anos de idade, não teríamos hoje as maravilhas que temos para ouvir. Ele relatava que tinha que escrever incessantemente e se manter acordado porque as ideias musicais eram intensas e ele tinha que escrever muito para não enlouquecer. Vez ou outra saía no meio da noite para espairecer.

Se Beethoven não tivesse sido compulsivo na sua obra, não teríamos a 9ª Sinfonia principalmente porque ele a escreveu quando estava completamente surdo. E diz em sua biografia que era impossível conviver com ele. Ah! Biografias ! Contam muitas coisas interessantes, mas alguns biógrafos não se contentam em apenas relatar fatos mas fazem questão de adicionar suas impressões pessoais. E neste momento os gênios são criticados pela sua excentricidade. Sim, porque não são pessoas comuns mesmo! Mas merecem reverência por terem conseguido sobreviver em meio às críticas!

Elvis Presley, este mito, que morreu pela compulsão. Não conseguiu direcionar somente à arte o excesso de talento… E fico imaginando como é difícil para um artista controlar-se na expressão, na intuição, no fato de ser incomum. Ser diferente incomoda muitas pessoas. Ser compulsivo incomoda mais. Mas estes deixam marcas na história, que nós usufruímos.

Liszt era compulsivo na forma perfeccionista de conseguir dar aos seus músculos todo o treinamento para que ele pudesse transmitir ao piano todas as composições que vinham em sua mente. E somente sendo compulsivo para conseguir treinar, treinar, treinar loucamente para que as ideias musicais pudessem ser executadas.

Sofredores! Foram e são sofredores aqueles que tem esta ânsia por fazer algo, por entender algo, por contribuir com a sociedade , por transmitir muitas vezes ideias que lhes foram sopradas pelo Divino. Respeito a estes seres!

Bach em sua compulsão em escrever tudo o que tinha que escrever, deixar-nos o legado gigantesco que nos deixou em harmonia e teoria musical, além de suas composições… Como faria isso em 65 anos de vida se não tivesse sido compulsivo?

Os records mundiais só são possíveis pela compulsividade de quem os deseja ultrapassar.

Este é o ser humano ! Graças aos compulsivos temos grandes personagens da História da Humanidade!

Especialmente, aqui nas Fofocas musicais , que já explicamos a finalidade de serem FOFOCAS – porque fofoca é uma maledicência – mas no nosso caso estamos transformando a maledicência em ESTRELAS que nos deixaram grandes obras, com todos os ‘ rótulos ‘ que a humanidade os atribuiu.

SALVE TODOS VOCÊS ARTISTAS DE TODOS OS TEMPOS ! SALVE TODOS VOCÊS QUE NÃO DESCANSAM ENQUANTO NÃO DEIXAM ALGO MARAVILHOSO PARA A HUMANIDADE DESFRUTAR ! SALVE!

E a nós, que sabemos apreciar, cabe o respeito, a reverência, a humildade, e os aplausos a estes grandes seres que se ‘ sujeitaram ‘ a sofrer para nos deixar o deleite para alma!

Por que foram compulsivos ? Por falta de amor e tentavam preencher de alguma forma? Por carência de algum tipo de coisa em sua vida? Por vaidade? Por desejo de perpetuar seus nomes?

Seja pelo que for, não nos cabe julgar! Apenas desfrutar !

Abaixo a crítica ! ACEITAÇÃO é o que precisamos ter cada dia mais sem caricaturar tanto mas enaltecer o belo !

MOZART

LISZT​

*Esta coluna é semanal e atualizada aos domingos.


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