Com chuvas, bandeira tarifária de energia elétrica – e conta – deverão ser reduzidas

  • Marcia Souza
  • Publicado em 17 de outubro de 2021 às 06:00
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A bandeira vermelha foi adotada em razão do Brasil viver a pior crise hídrica em 91 anos, o que encarece o custo

Energia elétrica

A bandeira vermelha foi adotada em razão do Brasil viver a pior crise hídrica em 91 anos, o que encarece o custo

A partir do mês que vem, a bandeira tarifária de energia elétrica deve ser alterada para se tornar mais barata.

A afirmação é do presidente Jair Bolsonaro. “Dói a gente autorizar o ministro Bento [Albuquerque], das Minas e Energia, a decretar a bandeira vermelha. Dói no coração, sabemos da dificuldade da energia elétrica. Vou determinar que ele volte à bandeira normal a partir do mês que vem”, disse.

A bandeira vermelha foi adotada em razão do Brasil viver a pior crise hídrica em 91 anos, sendo necessário acionar as usinas termoelétricas, uma energia mais cara, o que tem encarecido a conta de luz.

As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 e indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional gerar a energia usada nas nossas casas, em estabelecimentos comerciais e na indústria.

A verde é sem acréscimo e a amarela significa que as condições de geração não estão favoráveis e a conta de luz vem com a cobrança a mais de R$ 1,87 por 100 kWh consumidos.

Bem mais cara

Já a bandeira vermelha mostra que está mais caro gerar energia naquele período, sendo dividida em dois patamares.

No primeiro, o valor adicional cobrado passa a ser proporcional ao consumo na razão de R$ 3,97 por 100 kWh.

O patamar 2 aplica a razão de R$ 9,49 por 100 kWh. Acima da vermelha, está a bandeira escassez hídrica, atualmente em vigor.

Na escassez hídrica, a taxa extra passou a ser de R$ 14,20 para cada 100 kWh. Criada em agosto pela Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, ela começou a vigorar a partir de 1º setembro e vai até abril do ano que vem.

Em um evento do Comércio Exterior, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque voltou a dizer que o país não corre risco de racionamento de energia devido à grave crise hídrica, que o governo monitora a situação e tem tomado todas as medidas.


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