Cientistas resolvem mistério da Nebulosa de Anel Azul após 16 anos

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 22 de novembro de 2020 às 01:38
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 09:08
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Chamada de Nebulosa de Anel Azul, a estrutura espacial foi estudada nos últimos 16 anos

Em 2004, cientistas da agência espacial norte-americana (Nasa, na sigla em inglês) que trabalhavam com a Galex (Galaxy Evolution Explorer) – uma sonda espacial com telescópio ultravioleta cujo objetivo era medir a luz oriunda da formação de estrelas no universo desde o Big Bang – se depararam com um estranho fenômeno: uma bolha de gás que parecia ter uma estrela ao centro.

Pelos registros da Galex, a bolha de gás parecia ser azul, apesar de não ser visível aos olhos humanos. 

Após análises detalhadas, descobriu-se a existência de dois anéis de luz no centro do astro, algo que fugia à compreensão na época.  

Chamada de Nebulosa de Anel Azul, a estrutura espacial foi estudada nos últimos 16 anos, com múltiplos telescópios a partir da Terra. 

Mas nenhuma explicação plausível sobre a origem dos anéis ou a razão do fenômeno foi proposta.

Neste ano, um grupo de cientistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, finalmente foi capaz de resolver o mistério da nebulosa.

“Estávamos observando uma noite com um espectrógrafo (aparelho que analisa o comprimento de ondas de luz por meio de imagens) que havíamos acabado de construir, quando recebemos a mensagem de colegas que estavam estudando um objeto peculiar, composto de uma nebulosa gasosa em expansão rápida a partir de uma estrela central”, afirmou Guomundur Stefansson, cientista coautor do artigo científico sobre a descoberta.

”Como ele se formou? Quais são as propriedades da estrela no centro? Ficamos empolgados para resolver o mistério”, afirmou.

Segundo a pesquisa, a Nebulosa de Anel Azul é uma fusão de um sistema binário (composto por apenas duas estrelas) onde um sol, de massa maior, atraiu uma estrela de massa menor para o seu interior após tornar-se um super gigante. 

Os anéis azuis característicos seriam o material de formação da estrela menor, sendo expelido em formato de cone, em direções opostas ao centro gravitacional, para o espaço. 

A força da fusão faz com que as duas extremidades do cone flutuem ao redor do objeto central.

*Informações CNN International


+ Ciência