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Pessoas que consomem café sem aditivos podem apresentar maior eficiência no metabolismo da glicose

Pesquisa mostra que o café tem ligação com a regulação do açúcar no sangue – foto Arquivo
Uma nova pesquisa da Coreia do Sul sugere uma possível ligação entre o consumo de café preto e uma melhor regulação do açúcar no sangue, especialmente em pessoas com diabetes.
Publicado na revista Nutrients, o estudo se baseou em dados de mais de 6.600 participantes e produziu uma descoberta significativa: pessoas que consomem café sem aditivos podem apresentar maior eficiência no metabolismo da glicose.
A análise revelou que pessoas que consomem até duas xícaras de café preto por dia — sem creme ou adoçantes — apresentam níveis mais baixos de insulina em jejum.
Além disso, demonstraram menor resistência à insulina, medida pelo índice HOMA-IR, que avalia a eficiência do organismo em utilizar a insulina.
Os pesquisadores acreditam que esse efeito esteja relacionado à ação combinada da cafeína e dos polifenóis presentes no café, “que melhoram a função da insulina e reduzem a inflamação”.
Nessa análise, não foram observados benefícios semelhantes entre aqueles que adicionam açúcar, creme ou outros ingredientes ao café.
Essa diferença reforça a importância do tipo de preparo, já que “os benefícios metabólicos parecem se limitar ao café preto puro”.
Os pesquisadores utilizaram informações da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição da Coreia (KNHANES), incluindo registros alimentares detalhados de diferentes público em um período de 24 horas.
Com base nesses dados, os participantes foram classificados de acordo com a quantidade de café que consumiam diariamente:
– Nenhuma xícara
– Até uma xícara
– Duas xícaras
– Três ou mais xícaras
Além da quantidade de café, a análise também considerou variáveis como sexo, idade, nível de escolaridade, hábitos de vida e estado geral de saúde.
Destaque para mulheres e idosos
Um dos resultados mais interessantes foi observado nas mulheres. Neste grupo, consumir duas ou mais xícaras de café preto por dia foi consistentemente associado a um melhor perfil glicêmico.
No caso dos idosos, também foram identificados efeitos positivos, embora com uma intensidade um pouco menor.
Apesar dos achados, os autores do estudo lembraram que se trata de uma pesquisa do tipo observacional, o que impede afirmar uma relação de causa e efeito.
Além disso, esclarecem que “o consumo foi medido apenas uma vez, o que limita a precisão da análise.”
Embora os resultados devam ser interpretados com cautela, o estudo sugere que incorporar café preto na dieta diária poderia representar uma forma prática de contribuir para a saúde metabólica.
Uma pequena mudança poderia ter um efeito positivo, desde que se mantenha uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável. Além disso, não deixe de consultar seu médico caso tenha qualquer dúvida.
Fonte: O Globo