Araraquara tem mulher de 21 anos intubada e vê mortes de jovens se multiplicarem

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 5 de março de 2021 às 20:00
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Exames laboratoriais mostraram que 70% dos doentes da cidade foram contaminados pela nova variante do coronavírus detectada inicialmente em Manaus

Edinho Silva decretou lockdown total em Araraquara, com a restrição completa de mobilidade das pessoas – Foto: Prefeitura de Araraquara

A Prefeitura de Araraquara registrou nesta quinta-feira (4) a internação de uma mulher de 21 anos e de um outro homem, de 26 anos, por causa da Covid-19. Os dois estavam em estado grave e foram intubados.

O prefeito da cidade, Edinho Silva (PT-SP), diz que a nova cepa do coronavírus que passou a circular na cidade segue alcançando cada vez mais pessoas jovens, em uma situação dramática que não era comum no ano passado.

Segundo ele, em 2020 apenas uma pessoa de menos de 40 anos morreu em Araraquara vítima da Covid-19. Só em fevereiro e março, já foram registrados os óbitos de dez pessoas nessa faixa etária até agora.

“Há vítimas de 33, 34 anos entre eles. Algo que nunca vimos antes, um absurdo”, afirma Edinho. As informações são da repórter Mônica Bergamo, da Folhapress.

Exames laboratoriais mostraram que 70% dos doentes da cidade foram contaminados pela nova variante do coronavírus detectada inicialmente em Manaus.

“Ela é mais virulenta e agressiva do que a cepa anterior. A ciência ainda não teve tempo de comprovar, mas a nossa observação é de que claramente atinge mais jovens, e mata”, afirma o prefeito.

Para conter a explosão de casos na cidade, e evitar o colapso completo do sistema de saúde, Edinho Silva decretou lockdown total em Araraquara, com a restrição completa de mobilidade das pessoas.

Até mesmo supermercados foram fechados por sete dias e a circulação de ônibus, interrompida por dez dias.

O prefeito tem certeza de que a nova onda de Covid-19 já está se transformando em “um tsunami que causará um genocídio no Brasil”.

“O país inteiro está virando Manaus, onde faltou oxigênio e as pessoas morreram por falta de ar”, diz ele. “A nossa geração vai ver cenas que nunca imaginou na vida. Será uma tragédia”, afirma.


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