Após reajuste, Franca passa a ter a passagem de ônibus mais cara da região: R$ 5,00

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 24 de janeiro de 2022 às 11:00
  • Modificado em 24 de janeiro de 2022 às 11:19
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Subsídio do poder público poderia ajudar a segurar preço diante do aumento dos custos, mas opção é descartada na cidade

Após o reajuste de 16,2% na passagem de ônibus, em vigor desde segunda-feira (17), a tarifa em Franca passou a ter o valor mais caro dentre as principais cidades da região. Com aumento de R$ 0,70, o preço subiu para R$ 5 e revoltou moradores.

No entanto, passageiros com isenção ou redução no valor não foram afetados, segundo a Prefeitura. Eles representam 45% do total de usuários.

Segundo levantamento do G1 Ribeirão Preto e Franca, a cidade foi a que teve o reajuste mais recente no valor da tarifa, seguida por Sertãozinho, que aumentou o valor para R$ 4,90 em setembro do ano passado.

Sem reajuste desde 2019 em Franca

O último reajuste no preço da passagem em Franca havia sido feito em 2019.

De acordo com a Prefeitura, apesar da alta, o novo valor é inferior ao sugerido pelo Conselho Municipal de Trânsito e Transportes, que recomendou a cobrança de R$ 7,25.

Tendência é de novos reajustes

Na composição da passagem, as empresas levam em conta o valor do combustível, manutenção na frota e pagamento dos funcionários.

Somente o diesel, em 2021, teve aumento de 46% no valor após sucessivos reajustes da Petrobras diante da alta no preço do barril do petróleo.

Além disso, a pandemia também afetou o transporte público. O número de passageiros caiu e, por consequência, o faturamento das empresas também.

Qualidade do serviço

Em Franca, por exemplo, a quantidade de usuários ainda não chegou à metade do que era registrado antes da pandemia.

Para o economista e professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP), da USP, Luciano Nakabashi, a tendência é que novos ajustes sejam feitos não só em Franca como em outras cidades da região para que haja um equilíbrio das contas das empresas de ônibus.

A solução, segundo Nakabashi, seria que o poder público atuasse com subsídios às empresas, como ocorreu em Ribeirão Preto em 2021, mas que é descartado por Franca no momento.


+ Transporte