Após queda de 18,6%, setor calçadista deve crescer cerca de 12% em 2021

  • Dayse Cruz
  • Publicado em 17 de abril de 2021 às 09:00
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Em 2020 foram perdidos mais de 21 mil postos, com o setor encerrando o ano empregando 247,7 mil pessoas, 8% menos do que no ano anterior

Os dados foram apresentados durante o Análise de Cenários, evento realizado dia (15) pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) no formato digital.

Impactado pela pandemia do novo coronavírus, o ano de 2020 registrou queda em todos os indicadores da indústria calçadista brasileira.

A produção de calçados caiu 18,4%, somando 764 milhões de pares, com o setor retornando a patamares de 15 anos atrás.

A exportação, que responde por 14% das vendas, caiu 18,6%, para 93 milhões de pares, pior número em quase quatro décadas.

Apesar de um primeiro trimestre de 2021 de incertezas, com o recrudescimento da Covid-19, a atividade deve registrar crescimento de cerca de 12% na produção e 13% na exportação de calçados.

Os dados foram apresentados durante o Análise de Cenários, evento realizado dia (15) pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) no formato digital.

Projeções

Em 2021, o setor ensaia uma recuperação, embora deva terminar com níveis produtivos abaixo dos registros pré-pandêmicos, em 2019.

A análise é da coordenadora de Inteligência de Mercado da Abicalçados, Priscila Linck. Segundo ela, mesmo crescendo na casa de 12% em 2021, a indústria calçadista deve terminar o ano, no cenário mais otimista, 7% menor do que em 2019.

Já as exportações, impulsionadas pela desvalorização do real sobre o dólar, devem ter um crescimento de cerca de 13% em 2021. Assim como a produção, as exportações devem encerrar o ano menores do que o registro pré-pandemia, neste caso em cerca de 6%.

Emprego

O reflexo das dificuldades do setor calçadista brasileiro se deu, sobretudo, no emprego.

Em 2020 foram perdidos mais de 21 mil postos, com o setor encerrando o ano empregando 247,7 mil pessoas, 8% menos do que no ano anterior.

Já no primeiro bimestre de 2021, embalada pela recuperação na produção, a atividade criou 18,6 mil postos, terminando fevereiro com o registro de 266 mil postos diretos, 6,4% menos do que em fevereiro de 2020.

Para 2021,  a estimativa é encerrar o ano com 6% mais empregos do que em 2020.


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