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​Motociclistas reclamam de congestionamentos frequentes em praças de pedágio nas rodovias da região de Ribeirão Preto, porque as cabines exclusivas para motos ficam fechadas a maior parte do tempo – lembrando que desde 04 de julho, esse tipo de veículo também passou a ser cobrado.

O supervisor de tráfego da Arteris ViaPaulista, Everton Campi, explica que as cabinas exclusivas funcionam em horários de maior movimento e justificou que a concessionária está passando por um período de adaptação, após assumir as rodovias da região há 12 dias. “A Autovias, antiga concessionária do trecho, não cobrava de motocicletas. Estamos adaptando, como também o motociclista passava na praça sem ter a necessidade de parar e fazer o pagamento. É uma adaptação tanto da concessionária, quanto do motociclista”, diz.

A reclamação atinge as praças de pedágio em Batatais, Guatapará, São Simão e Restinga. Vídeos enviados por motociclistas mostram longas filas de veículos na pista. Carros, caminhões e motos dividem o espaço nas mesmas cabines. “Não está funcionando. Eu passo no horário das 17h e, quando volto, passo às 7h30. É muito congestionamento, muito carro. Até está identificado que tem a cabine de motos, mas nunca está funcionando”, diz o enfermeiro Daniel Fiori.

A trabalhadora autônoma Patrícia Copetti mora em Brodowski, mas trabalha em Batatais e diariamente passa pelo pedágio na Rodovia Cândido Portinari (SP-334).

Ela diz que sempre encontra as cabines exclusivas para moto fechadas e reclama do valor cobrado. “Um absurdo, porque moto não gasta nada. Não desgasta a pista para ficar pagando R$ 4 para ir e mais R$ 4 para voltar. Isso vai pesar bastante no nosso bolso. É difícil, ainda mais que a gente trabalha em Batatais, precisa pegar pista todo dia”, afirma.

Adaptação

Supervisor de tráfego da Arteris ViaPaulista, concessionária responsável pelas rodovias citadas, Everton Campi, afirma que a cobrança de pedágio a motociclistas está em fase de adaptação e a situação será normalizada ao longo do tempo. “A gente não quer que ninguém fique parado mais de três minutos. Não podemos, através do contrato de concessão, deixar que o usuário fique mais de três minutos dentro de uma praça de pedágio. Estamos abrindo essas cabines para dar fluidez no tráfego”, diz.

Ainda segundo Campi, a praça de pedágio em Restinga passará por reforma, que ampliará o número de cabines, evitando congestionamentos.

O supervisor explica ainda que as reclamações e denúncias podem ser feitas pelo telefone 0800-001-1255. “Todos os funcionários são operadores de pedágios, capacitados, orientados e treinados para atender tanto moto, quanto veículo de passeio e veículos pesados. Hoje, a gente consegue atender a demanda e aos parâmetros do contrato de concessão”, finaliza.

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