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Família aprovou retirada de pulmões, rins e fígado de jovem de 20 anos, morto após atropelamento
A doação dos órgãos de um
jovem de 20 anos, morto após um atropelamento, mobilizou equipes de três
hospitais na última quinta-feira, 13 de setembro, na Santa Casa de Franca. A
instituição não divulgou a identidade do paciente ou as circunstâncias do
óbito.
O médico-cirurgião torácico Oswaldo Gomes Junior
explicou que a vítima tinha boa saúde, mas sofreu traumatismo craniano. A
família decidiu então doar os órgãos do jovem: pulmões, rins e fígado foram
retirados em cirurgia que durou cerca de três horas. “É um momento
doloroso para a família. Mas, no momento de mais dor, eles têm que pensar nessa
boa ação, nessa benevolência, nessa benesse para doar ao próximo. Uma vez que o
doador já tem essa vontade, essa decisão fica mais fácil”, afirmou.
Gomes Junior disse que os
pulmões serão transplantados em um paciente internado no Hospital Albert
Einstein na capital paulista. O transporte entre Franca e São Paulo envolveu
uma aeronave do Ministério da Saúde e o helicóptero Águia, da Polícia Militar. “Nós
temos muitos pacientes que morrem na fila à espera de um órgão. O pulmão, por
exemplo, é um dos órgãos mais raros, mais difíceis de conseguir captar.
Geralmente, a gente tem bom resultado nos transplantes com os órgãos de
pacientes jovens”, explicou.
Os rins da vítima foram
levados ao Hospital das Clínicas da USP em Ribeirão Preto e o fígado a uma
unidade hospitalar em Sorocaba. “A doação de órgãos é um assunto até um
pouco polêmico, às vezes, mas é muito importante as pessoas falarem da vontade,
comentarem em casa, porque quando acontece essa ocasião, que é uma hora muito
difícil, de muita dor, os familiares já estão preparados”, concluiu o
médico.