Calçadistas comemoram manutenção de alíquota de 35% para importação

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de junho de 2018 às 18:34
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:49
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Solicitação dos importadores de calçados esportivos era de uma redução de 35% para 20%

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) comemora a manutenção da alíquota de importação de 35% para calçados de três NCMs (a maioria deles do segmento de esportivos). A resolução foi tomada em reunião realizada na noite de terça-feira (19), na Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão ligado ao Governo Federal que regulamenta as questões relativas ao comércio exterior de bens e produtos.

Originalmente, a solicitação dos importadores de calçados esportivos era de uma redução de 35% para 20% na alíquota, o que poderia provocar uma onda de desemprego na indústria calçadista nacional. “A Camex foi sensível ao nosso argumento, que teve o auxílio e embasamento técnico da AS Consultoria, de que com tal redução teríamos uma perda significativa de empregos”, conta o presidente-executivo da Abicalçados, Heitor Klein. Atualmente a indústria calçadista gera, diretamente, cerca de 300 mil postos de trabalho em todo o País.

Segundo Klein, a redução abriria as portas para a concorrência desleal, especialmente de grandes marcas esportivas produtoras na Ásia. “Sem a alíquota atual (35%), de 2000 a 2007 as importações de calçados aumentaram quase 500%, de 6 milhões de pares para 28,7 milhões. O fato destruiu empregos no Brasil, fechou fábricas. Seria um desastre, ainda mais em um momento conturbado para o setor, repetir o mesmo erro”, avalia Klein, ressaltando que a atividade segue abalada pela queda da demanda, especialmente do mercado doméstico.
O presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, deputado federal Renato Molling esteve à frente de extensa agenda de reuniões em Brasília em prol do setor calçadista e destacou a importância da indústria calçadista brasileira para a economia do Brasil. “O fortalecimento do setor é essencial para a geração de empregos e restabelecimento da economia do Brasil”, comenta o parlamentar, que também é presidente da Frente Parlamentar em defesa do setor coureiro-calçadista e moveleiro.


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