O que é vitiligo, doença autoimune que causa manchas brancas na pele

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de abril de 2018 às 23:39
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:41
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Apesar de não ser transmissível nem abalar a saúde física do indivíduo, o vitiligo é cercado de estigmas

O vitiligo é uma
doença autoimune que provoca, como sintoma, manchas
brancas na pele. Se nada for feito, as marcas vão crescendo e
se espalhando.

Isso ocorre porque os melanócitos, células
responsáveis pela produção da melanina (substância que colore a pele), começam
a ser atacadas por algum motivo desconhecido pelo sistema de defesa. Sem o
pigmento, a cor da pele muda, os pelos do local afetado nascem brancos — e a
região fica sensível a queimaduras solares.

Apesar de não ser
transmissível nem abalar diretamente a saúde física do
indivíduo, o vitiligo é cercado de estigmas. Não à toa, muitas vezes ele vem
acompanhado de autoestima baixa, ansiedade e outras repercussões emocionais que
levam à depressão.

Aí que está: esse e outros transtornos psicológicos
podem agravar os efeitos do vitiligo na pele.

Sinais e sintomas

– Manchas brancas espalhadas pelo corpo

Fatores de risco

– Histórico familiar

– Exposição a toxinas em excesso

– Estresse

– Lesões importantes, como traumatismo craniano

Prevenção

Não existem maneiras conhecidas de evitar essa
doença, mas, por ter um componente hereditário, parentes de indivíduos com ela
devem ficar atentos aos seus primeiros sinais. Quanto mais cedo o vitiligo for
identificado, maior a chance de ser controlado.

Diagnóstico

O dermatologista detecta as manchas com um exame
físico, mas testes complementares, como coleta de sangue e a biópsia de uma
região atingida, podem ser solicitados para descartar outros distúrbios
autoimunes e medir o nível de melanócitos na derme. Em quem tem a pele
naturalmente muito branca, utiliza-se um aparelho chamado de lâmpada de Wood,
que localiza as lesões.

Tratamento

Certos medicamentos induzem a produção de melanina
nos locais acometidos e tentam controlar o sistema imune para que ele cesse os
ataques aos melanócitos. Se as manchas não crescem há mais de um ano, dá pra
recorrer a um transplante que retira melanócitos de partes saudáveis da pele e
aplica essas células pigmentadoras em outras já esbranquiçadas pelo vitiligo.

A terapia com banhos de luz ou aplicação de laser
também ajuda a barrar a morte dos melanócitos e até chega a reativá-los. Em
determinadas situações, a enfermidade regride bastante ou até é curada, porém
isso depende do organismo do paciente. E, claro, da vontade dele em se submeter
ao tratamento.

Além disso, às vezes é preciso fazer acompanhamento
psicológico para diminuir o impacto emocional da doença. Outra estratégia é
procurar o auxílio de nutricionistas, já que a dieta influencia na reposta do
corpo ao tratamento. Esses profissionais costumam prescrever alimentos ricos em
vitamina B12, como carnes e ovos, e vitamina C, a exemplo das frutas cítricas.


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