Apenas 15% das micro e pequenas indústrias investiram em fevereiro

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  • Publicado em 26 de março de 2018 às 16:38
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:38
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Pesquisa indica ainda que calotes e aumento de custos representam empecilhos a serem superados

Mesmo com rumores otimistas sobre a economia brasileira, dados da 60ª rodada do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria, pesquisa encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi) ao Datafolha, mostram que a categoria ainda não está investindo no próprio negócio.

Ao todo, apenas 15% das micro e pequenas indústrias (MPIs) investiram na empresa no mês passado, enquanto o nível que mede os diversos tipos de investimento da categoria, como aquisição de equipamentos e melhoria no espaço físico, ficou em 31 pontos, em uma escala de 0 a 200*.

O estudo aponta também que 40% das MPIs sofreram calotes, sendo que deste total, para 18%, o não recebimento representa até 15% do faturamento das empresas; para outras, os calotes chegaram a atingir mais de 30% do faturamento.

De acordo com a pesquisa, o aumento dos custos de produção foi outro fator prejudicial para as micro e pequenas indústrias. Ao todo, 43% tiveram aumento significativo dos custos, ante 36% em janeiro. As despesas relacionadas à matéria-prima e insumos foram as que mais aumentaram para a categoria.

Para o presidente do Simpi, Joseph Couri, os dados comprovam que as micro e pequenas indústrias ainda não estão sentindo uma melhora significativa do cenário econômico.

A Pesquisa

O Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo Simpi e efetuada pelo Datafolha, é reconhecido como sinalizador de tendência. É importante salientar que 42% das MPIs de todo Brasil estão em de São Paulo.

A íntegra das 60 pesquisas Simpi/Datafolha, desde março de 2013, está disponível no site da entidade (http://www.simpi.org.br).


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