Moradores protestam e prometem que vão ocupar o Residencial Copacabana

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 14 de janeiro de 2018 às 12:10
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:31
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Polícia Militar impediu acesso de mutuários ao prédio, mas eles querem tomar o conjunto

​A paciência do povo tem limites. Três anos de espera, após o sorteio dos apartamentos do Copacabana, em um total de 406 unidades, os moradores foram até a área externa do empreendimento, na noite deste sábado. O objetivo era o de invadir o local e ocupar as moradias que, por direito, são deles, mas que de fato têm a entrega protelada.

A ocupação só não foi efetivada porque a Polícia Militar foi acionada e cercou o empreendimento. Mas os moradores, alguns exaltados, garantiram que a PM não ficará o tempo todo no local e que o mesmo será invadido. “Antes nós do que os moradores de rua. Só queremos o nosso direito, fomos sorteados”, disse uma das manifestantes.

O jornalista e radialista Marcelo Bomba acompanhou todo o protesto e foi cumprimentado pelos moradores, uma vez que tem demonstrado a verdade sobre a polêmica do Copacabana desde o início e o sofrimentos das pessoas, que foram contempladas, mas não puderam até hoje, por incompetência dos entes públicos envolvidos – Prefeitura e Caixa Econômica Federal – e da burocracia.

Muitas promessas foram feitas desde então por políticos, como o prefeito Gilson de Souza (DEM), que fez um grande evento para fazer a definição dos proprietários de cada apartamento, meses atrás, e de seu líder e mentor político e administrativo, o vereador Corrêa Neves Júnior (PSD).

Corrêa chegou a postar, em seu Facebook, que as famílias poderiam passar o Natal em seus apartamentos, o que não aconteceu. A cada novo prazo não cumprido e promessa vazia, a frustração dos contemplados é ainda maior.

Segundo algumas moradoras postaram no Facebook, haverá uma reunião entre elas e o Ministério Público na próxima segunda-feira, às quatro horas da tarde, para discutir o assunto, mas muitos dos presentes acreditam que a ocupação é o melhor caminho.

A sensação de insegurança aumentou ainda mais após decreto do prefeito Gilson de Souza (DEM), que blindou os moradores de rua na cidade. Hoje, eles praticamente têm o direito de ocupar qualquer espaço, público ou privado, sem serem importunados. Impressão deixada, com a decisão do prefeito, é que os andarilhos podem tudo em Franca sem qualquer tipo de repreensão. 


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