Por terminal em Guará são escoadas mais de 2,503 mi de toneladas de açúcar

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  • Publicado em 7 de outubro de 2016 às 11:26
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:58
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Ele é hoje uma importante alternativa para o escoamento de açúcar dos principais estados produtores do país

Construído exclusivamente para o armazenamento e transbordo de açúcar, o terminal de Guará já movimentou, de abril/2015 a agosto/2016, 2,503 milhões de toneladas de açúcar (Foto: Divulgação)

I​naugurado em abril de 2015, o Terminal Integrador de Guará, vizinho município de Franca, tornou-se, em um ano e meio, uma importante alternativa para o escoamento de açúcar dos principais estados produtores do país, São Paulo e Minas Gerais. Mês a mês, o novo terminal quebra recordes operacionais que resultam em eficiência para quem exporta o produto via porto de Santos.

Localizado em uma região privilegiada, no norte paulista, o terminal, construído e operado pela VLI, empresa de soluções logísticas que integram terminais, ferrovias e portos, faz parte de um fluxo logístico arquitetado com o intuito de gerar mais eficiência e capacidade de escoamento dos produtos: o Corredor Centro-Sudeste.
O corredor interliga, por ferrovia, o Terminal Integrador de Uberaba, no Triângulo Mineiro, o de Guará e o Tiplam (Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita), no porto de Santos, que está sendo ampliado para aumentar em 6 vezes a sua capacidade de importação e exportação. O investimento neste fluxo chega a R$ 4,5 bilhões. No terminal de Guará foram investidos R$ 83 milhões. Atualmente, cerca de 130 pessoas trabalham no local.

Construído exclusivamente para o armazenamento e transbordo de açúcar, o terminal de Guará já movimentou, de abril/2015 a agosto/2016, 2,503 milhões de toneladas de açúcar. E ainda há capacidade de recebimento de mais carga, uma vez que a capacidade total do empreendimento é estimada em 2,5 milhões de toneladas por ano.
Segundo a Unica (União das Indústrias de Cana de Açúcar), a região Centro-Sul do país, puxada principalmente por SP e MG, deve produzir na safra 2016/2017 ao menos 33,5 milhões de toneladas de açúcar. Se movimentar por ano toda sua capacidade, o terminal de Guará terá estrutura para transbordo de 7,5% de todo o açúcar da principal região produtora, responsável por 9 em cada 10 toneladas produzidas em todo o país.

Recordes

O último recorde operacional do terminal foi no mês de agosto, quando registrou movimentação de 287 mil toneladas de açúcar. É o maior volume desde sua a inauguração.

Neste primeiro ano de operação (abril a março), foram carregados 21.667 vagões, o que corresponde 45.693 caminhões descarregados. O terminal desempenhou ainda taxas de produtividade acima das expectativas do projeto, como a performance recorde de carregamento de 20 vagões por hora, enquanto o projeto estimara 12 vagões por hora. Além disso, já foi registrada taxa de descarga de 368 caminhões em um dia, quando o projeto calculou média de 240 caminhões/dia.

“O primeiro ano de operação serviu para mostrar o potencial do terminal e sua importância na logística de transporte do açúcar. A equipe do TI Guará apresentou forte amadurecimento tanto operacional quanto de conhecimento do mercado em que está inserido. Os clientes enxergaram essa evolução e a perspectiva é de aumentar a movimentação do açúcar via transbordo no empreendimento”, diz diretor comercial da VLI, Fabiano Lorenzi.

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Mercado

Uma das principais tradings que utilizam o TI Guará para armazenamento e transbordo de açúcar é a Copersucar, a maior comercializadora global do produto e que responde por 12% do mercado livre da commodity. Além disso, a Copersucar é a maior exportadora de açúcar e etanol no Brasil, com atuação nos principais mercados mundiais.
“A Copersucar tem aumentado a utilização do modal ferroviário em sua matriz de transporte, ganhando produtividade e eficiência, e a utilização do TI Guará como transbordo para a ferrovia tem trazido uma grande contribuição para a empresa. Na última safra, a Copersucar movimentou mais de 3 milhões de toneladas de açúcar pelos terminais intermodais do interior, em Guará, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto”, afirma Ariosto Da Riva Neto, diretor executivo de Operações da companhia.

Estrutura

Para chegar a um retorno satisfatório em tão pouco tempo, a VLI, que administra o terminal de Guará, adotou novas práticas operacionais que agilizam o processo de transbordo aos trens.

Entre as iniciativas estão: implantação de um sistema de agendamento de caminhões para descarga; automatização da rota operacional para descarga de caminhões e carregamento de vagões; gerenciamento das rotinas de limpeza das rotas de manuseio de açúcar e ainda integração com a ferrovia, otimizando o posicionamento dos vagões.

“O negócio proposto pela VLI é oferecer soluções logísticas que resultem em ganhos de escala para os clientes. O Terminal de Guará, assim como os outros ativos da empresa, são exemplos de que um sistema logístico eficiente contribui diretamente para ampliar o escoamento de produtos”, conclui Lorenzi.


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