“Amigo” do governador, Gilson não consegue bons investimentos para cidade

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 21 de janeiro de 2018 às 08:36
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:32
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Geraldo Alckmin só presenteia Franca com penitenciária, prédio abandonado e projeto para novos pedágios

​O prefeito Gilson de Souza (DEM) não cansa de dizer que é “amigo” do governador Geraldo Alckmin. Mas os frutos práticos de tão longa “amizade” não estão sendo colhidos por Franca, que continua à margem das ações do mandatário tucano.

Não é preciso ir longe para constatar que outras cidades são mais beneficiadas que Franca. Vamos ver o caso de Ribeirão Preto, que nos últimos meses teve anunciados vários investimentos do Estado.

Entre eles, um segundo restaurante popular Bom Prato, verbas para reforma no Poupatempo, R$ 12 milhões para realizar, via Fiocruz,  projeto de pesquisa voltado à produção de chips para diagnóstico rápido de zika, dengue e chikungunya e investimentos para mapeamento de áreas de risco de enchente. A cidade também receberá uma nova escola em tempo integral.

Neste último item, por exemplo, Franca deveria estar inserida. Se o que ocorreu recentemente no Córrego dos Bagres não foi enchente, o que será então? A avenida Hélio Palermo foi invadida pelas águas. O governador, certamente, não passou por lá e também não ficou sabendo do ocorrido por seu amigo Gilson de Souza.

Enquanto isso, Franca é lembrada pelo governo estadual em situações bem adversas. Somente em casos recentes, Alckmin queria instalar duas novas praças de pedágio na cidade, o que só não ocorreu devido a movimentação popular. Gilson se calou na oportunidade.

Depois, o governador transformou o CDP da cidade, de unidade de prisão provisória em penitenciária. Com isso, familiares de detentos condenados, assim como comparsas dos mesmos, têm feito de Franca um local constante de visitação e até moradia, ampliando os problemas sociais e de criminalidade já existentes.

Há ainda um outro presente de Alckmin, também bastante relevante. O prédio abandonado do “piscinão”, próximo à Chevrolet, cuja obra está parada há mais de duas décadas. Para concluir a construção, estima-se que serão necessários investimentos de R$ 30 milhões, dinheiro que a Prefeitura não dispõe e que, provavelmente, o Estado não repassará.

Analisando por alto a amizade entre Alckmin e Gilson de Souza, há algo de errado. Ou não são tão amigos assim, ou o relacionamento fica restrito a vantagens pessoais, como a nomeação de Gilsinho, filho de Gilson, para um cargo de direção na CDHU, com salários mensais de R$ 17 mil.

Enquanto isso, a população que elegeu Gilson de Souza como prefeito permanece à margem de investimentos importantes que o Estado tem feito em várias outras cidades. 


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