Adermis critica Corrêa Neves sobre o projeto dos 104 cargos comissionados

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 27 de janeiro de 2019 às 18:11
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:20
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Tucano afirma que Corrêa usou a base governista como “rolo compressor” e promete medidas legais

Em um Poder Legislativo marcado pelo corporativismo em todas as suas instâncias, inclusive na Câmara Municipal, o vereador Adermis Marini (PSDB) quebrou o protocolo e fez críticas diretas ao seu colega de plenário, Corrêa Neves Júnior (PSD).

A situação que leva Adermis a criticar Corrêa foram as declarações feitas pelo ex-secretário de Administração e Recursos Humanos, Alberto Cordero Donha, de que o projeto de criação de 104 cargos comissionados pelo governo Gilson de Souza está repleto de falhas e que poderá o prefeito, em razão dele, alvo de ação de improbidade administrativa.

Adermis afirma que votou contra o projeto e que, no dia da votação, realizada em uma sessão extraordinária, num sábado, alertou Corrêa Neves Junior, presidente da Comissão de Justiça da Câmara.

“Alertei o Corrêa que ele estava cometendo um grave erro ao ir contra a todos os pareceres jurídicos e “bancar”  um projeto que necessitava de maiores discussões. As declarações do juiz aposentado e ex-secretário Dr. Alberto Donha confirmam os nossos alertas”, disse o tucano.

Adermis Marini afirmou também que o governo Gilson de Souza teve seis meses para discutir o projeto e apresentá-lo na Câmara, mas que não o fez. 

“Enviou um projeto que poucos tiveram acesso, em regime de urgência, sem qualquer trâmite de transparência – veja as declarações do Dr. Donha. E o que é mais grave, com parecer jurídico contrário”, explicou o vereador do PSDB.

O tucano garantiu ainda que não houve o que a oposição pudesse fazer para evitar a apresentação de uma propositura cheia de pendências.

“O vereador Corrêa Neves Junior elaborou um parecer favorável e, como um rolo compressor, usou a base do governo na Câmara e a tramitação do projeto em caráter de urgência para conseguir a aprovação do projeto de lei. Lamentável postura. A Câmara é o local do debate e aperfeiçoamento das propostas do Poder Executivo, não um “puxadinho” da Prefeitura”, atacou. 

Adermis disse também que, neste domingo, ele e o vereador Marco Garcia (PPS) fizeram um estudo e nesta segunda-feira (28) ambos irão tomar providências legais. “Serão medidas visando a transparência e a independência do Legislativo em exercer sua real função”, concluiu.


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