Beber água e ter uma alimentação adequada, com alimentos mais naturais, é fundamental para a saúde do organismo.
Neste dia 14 de março é o Dia Mundial do Rim, data que diversos países celebram com iniciativas voltadas para a prevenção e educação das doenças renais.
Os rins são responsáveis por filtrar todas as impurezas da corrente sanguínea, removendo resíduos tóxicos resultantes do metabolismo corporal, como ureia, creatinina e ácido úrico.
De acordo com o Dr. Rene dos Santos Neto, médico nefrologista da Fundação Pró-Renal, a cor da urina pode ser um indicativo se algo no organismo está ou não indo bem, dependendo da variação de cores, indo do amarelo claro (cor ideal) ao amarelo escuro e âmbar profundo, que pode ser indicativo de desidratação.
Hidratação em excesso
Já a urina transparente pode indicar hidratação em excesso. O médico também alerta que o consumo exagerado de água também pode ser prejudicial, levando a um quadro de hiponatremia, na qual os níveis de sódio no sangue se tornam muito baixos. “É importante manter o equilíbrio, bebendo água conforme as necessidades do corpo”, explica.
As cores incomuns e que são sinais de alerta são: laranja (concentração de vitamina C ou problemas na vesícula/fígado), azul ou verde (medicação ou infecção bacteriana) ou rosa, que podem ser resultantes do consumo de certos alimentos, medicamentos ou corantes.
Cores anormais ou persistentes, especialmente se a urina estiver turva, escura, vermelha ou com a presença de sangue, pode ser indicativo de algo mais sério no organismo.
“Urina com cor de Coca-Cola, por exemplo, ou marrom escuro podem indicar condições sérias como desidratação, infecção do trato urinário, doença hepática, hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos do sangue) ou rabdomiólise (destruição das fibras musculares). É fundamental, nesse momento, procurar avaliação médica para determinar a causa e o tratamento adequado”, alerta o nefrologista.
Cuidados no exame de urina são essenciais para diagnóstico preciso
Para detectar se existe algum problema de saúde, principalmente relacionado aos rins, o mais indicado são os exames de urina e os de sangue, para avaliar a creatina e a taxa de filtração celular, que mede a capacidade dos rins em excretar os resíduos do sangue.
“Exames de urina, como a urinálise, como a relação albumina-creatinina e a microalbuminúria, também são muito importantes para detectar anormalidades e avaliar a velocidade da progressão da doença renal”, complementa Dr. Rene.
Para ter um diagnóstico mais preciso, os pacientes devem ter alguns cuidados na hora de coletar a urina.
Algumas dicas são:
01) realizar a coleta preferencialmente pelo período da manhã, caso não seja possível reter a urina por 2 horas. É importante para a concentração de analitos;
02) realizar uma higiene adequada da área genital antes da coleta, com água e sabão ou lenço umedecido;
03) lavar as mãos com água e sabão;
04) usar recipiente estéril na coleta de urina de jato médio, descartando o primeiro jato de urina;
05) coletar a urina direto no recipiente, pelo menos 10 ml. Se a coleta for feita em casa, é importante que seja entregue em até duas horas ao laboratório e as mulheres devem evitar realizar este exame no período menstrual.
A FirstLab, que desenvolve e fabrica produtos e equipamentos para Laboratórios de Análises Clínicas, oferece diversos tipos de recipientes adequados para a coleta de urina, com kits de frascos de abertura larga, destinados ao armazenamento, à preservação e ao transporte de amostras biológicas coletadas em laboratórios.
“As contaminações durante a coleta de urina podem incluir bactérias da pele, poeira, resíduos de sabão ou outros produtos de limpeza, entre outros. Estes podem introduzir microrganismos estranhos à amostra, levando a resultados imprecisos em testes de cultura de urina, por exemplo. Podem interferir nos resultados dos exames, distorcendo análises químicas e microbiológicas”, afirma Vitoria Repula, Assessora Científica da FirstLab.
Beba água!
Beber água e ter uma alimentação adequada, com alimentos mais naturais, é fundamental para a saúde do organismo.
“Manter uma dieta balanceada, rica em frutas e vegetais, evitando o uso excessivo de anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) e controlar condições subjacentes, como diabetes e hipertensão, contribuem para a saúde renal”, finaliza o nefrologista.