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Rifaina, segundo levantamento do Observatório da Desigualdade, da Unesp de Franca, tem a maior expectativa de vida da região.
Um grupo de pesquisa da UNESP desenvolveu um estudo sobre a desigualdade da região de Franca.
O documento tem mais de 50 indicadores sobre a realidade de 23 municípios. A violência em cidades pequenas foi destacada com preocupação pelo projeto.
Para seu Benedito Pereira Reis, que tem 79 anos, o segredo da longevidade é viver com hábitos saudáveis. “Você é que decide sua vida: serviço, comida sadia, dormir na hora certa e acordar na hora certa”, diz ele.
Todo dia, ele faz caminhada na Praça Edgard Ajax, que fica em frente à casa dele. “Levando às 4h30 e saio para rua as 06h. Faço uma caminhada de uns dois ou três quilômetros, volto, tomo meu cafezinho saudável”.
Desigualdade
O aposentado mora em Rifaina, cidade que segundo o levantamento do Observatório da Desigualdade, da Unesp de Franca, tem a maior expectativa de vida da região.
Por aqui se vive quase 73 anos, 10 a mais que uma pessoa que mora em Restinga, onde a expectativa é de 66 anos.
Segundo o pesquisador da Unesp, Jacques Felipe Vieira, “quando a gente vê a discrepância de quantos anos as pessoas vão viver… 70 anos em média nesta região, isso é muito chocante”.
Jacques e Angélica, com a ajuda de outros colegas da Unesp, analisaram o que impacta a vida de pessoas que moram na região de Franca.
100 páginas
Todos os dados estão reunidos num documento composto por mapas e tabelas. São 100 páginas que mostram um relato completo sobre direitos humanos, urbanização, mobilidade urbana, meio ambiente, saúde, segurança, educação, cultura, trabalho e renda e até assistência social.
Segundo Angélica Vieira de Souza Lopes, coordenadora da pesquisa, “o documento é muito completo e tem mais de 50 mapas”.
Segundo ela, a gestão municipal que compõe a região pode olhar para este documento buscando entender a realidade do seu município e como fazer para melhorar estes índices, como que a população pode ter uma melhor qualidade de vida.
A violência em cidades pequenas foi um dos dados destacados com preocupação pela coordenadora do projeto.
Segurança pública
Patrocínio Paulista e Aramina foram classificadas na mesma faixa que Franca, em relação a furtos e roubos de veículos a cada 100 mil habitantes.
Pelos números do ano passado, a média de Franca foi de 120,7 casos, enquanto Aramina registrou 108,8 e Patrocínio Paulista, 102.8.
O estudo dos pesquisadores da Unesp levantou informações de 23 cidades da região de Franca.
Poder público
A ideia agora é levar este material para o Poder Público.
“A gente quer conversar com a população, fazer o levantamento destas propostas, planejar esta proposta de política pública, montar um documento para poder dialogar com o Poder Público e a partir disso, com um processo bastante participativo, para que a gente tenha esta participação da população”, disse o pesquisador Jacques Felipe Vieira.
Miguelópolis e Aramina apresentaram um percentual de roubos maior que o de Franca dentro do comparativo a cada 100 mil habitantes, segundo a pesquisa.