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Risco de contaminação por Coronavirus é grande e agentes reclamam da qualidade dos EPIs
Após ter questionado a falta de EPIs na unidade prisional de Franca, os funcionários da Penitenciária levaram ao Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo bem como a SAP – Sistema de Administração Penitenciária – que o trabalho dos detentos em fábricas é um risco para contaminação de todos.
O Sindicato revela que apesar de ter mais de ter mais de 15 servidores penitenciários confirmados com o novo coronavírus (COVID-19), inclusive com a morte do diretor de inclusão, o policial penal Paulo Roberto Santos, de apenas 38 anos, falecido no último dia 4 de agosto, a realidade da Penitenciária de Franca é de falta de proteção tanto para trabalhadores quanto para a população carcerária.
Mesmo com a morte do policial penal, as atividades continuam normalmente e outros servidores têm sido infectados por falta de equipamentos de proteção individual (EPIs).
Uma servidora penitenciária com COVID-19 sofreu piora no quadro de saúde, sendo transferida para outro hospital, onde segue entubada e em estado grave numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Fora os casos entre os servidores, o pavilhão 1 tem duas celas interditadas devido ao contágio dos detentos e também o pavilhão 3.
Mesmo assim, as duas fábricas que estão dentro da unidade, uma de calçados e outra de aviamentos metálicos, seguem funcionando normalmente.
Durante um período as fábricas ficaram paradas, mas retomaram as atividades há cerca de duas semanas, com a circulação dos detentos das celas para o pavilhão de trabalho sem que as devidas medidas de proteção e segurança estejam sendo tomadas, causando alastramento do vírus.
Além da precariedade com a falta de EPIs que colocam a vida de todos em risco, os servidores que criticam a situação têm sido alvo de perseguição pela diretoria da unidade.
Por isso, o SIFUSPESP está oficializando a Coordenadoria da Região Noroeste do Estado e a direção da Penitenciária de Franca cobrando medidas urgentes para proteção contra a COVID, principalmente o fornecimento de EPIs de qualidade e em quantidade suficiente e também a suspensão imediata do funcionamento das fábricas dentro da unidade prisional.