Salário de contratação ‘encolhe’ em tempos de inflação e desemprego, mostra estudo

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 26 de outubro de 2021 às 18:30
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Segundo levantamento da CNC, em 59 das 100 profissões que mais empregam a remuneração inicial é de 2 salários mínimos (R$ 2.200).

A remuneração média de contratação é de pouco mais de R$ 1,8 mil, menos de dois salários mínimos

Segundo dados do Ministério da Economia, o salário médio real de admissão no país no mercado formal foi de R$ 1.792,07 em agosto – o menor valor dos últimos 12 meses.

Descontada a inflação medida pelo INPC, o valor representa uma queda de R$ 25 em relação a julho (R$ 1.817) e de R$ 113 na comparação com agosto do ano passado (R$ 1.905).

Como mostrou uma reportagem do g1, com a disparada da inflação e com o número ainda elevado de desempregados disputando uma vaga, os salários oferecidos estão cada vez mais baixos.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a remuneração média real de contratação – descontada a inflação – está menor do que a oferecida há 1 ano em dois terços das ocupações que mais geram vagas no país.

Geração de vagas

“Do ponto de vista de geração de vagas no mercado formal, 85% das profissões estão gerando mais vagas do que destruindo, o que é bastante positivo”, afirma o economista Fabio Bentes, autor do levantamento.

Segundo ele, o problema é que do ponto de vista da renda, dois terços das profissões que mais geram vagas estão perdendo da inflação em um momento que o país tem uma taxa de desemprego ainda muito alta.

Segundo os dados oficiais, nos oito primeiros meses do ano foram criadas 2,2 milhões de vagas. Os dados do IBGE mostram, entretanto, que ainda são mais de 14 milhões de desempregados no país.

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