Saiba quais são os melhores níveis de vitamina D para combater o coronavírus

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 26 de julho de 2020 às 03:25
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:01
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Entenda como sua escassez ou superdosagem no sangue podem trazer sérios danos à saúde

Você sabe qual é a relação entre vitamina D e coronavírus? 

Segundo um estudo realizado por pesquisadores da Northwestern University, dos Estados Unidos, sua escassez no sangue dos pacientes influencia diretamente a taxa de mortalidade pela Covid-19.

A conclusão se deu após a análise de dados clínicos dos doentes da China, França, Alemanha, Itália, Irã, Coreia do Sul, Espanha, Suíça, Grã-Bretanha e Estados Unidos. 

No entanto, ainda que seja importante manter a taxa da vitamina na linha do recomendado, é necessário tomar muito cuidado.

Isto porque a superdosagem também pode ser extremamente perigosa para o organismo, principalmente entre aqueles que estão no grupo de risco. 

Vitamina D e coronavírus: os perigos do excesso​

Se por um lado a falta da vitamina causa prejuízos à capacidade imunológica dos indivíduos, quando ela é superdosada pode acarretar em problemas tão graves quanto, como arritmia cardíaca e baixa resposta muscular.

O que propicia esse quadro é o desenvolvimento de hipercalcemia, que é causada como consequência da alta absorção de cálcio – sua principal função no organismo. 

Isto é, quando presente de forma agressiva no corpo, acabará acumulando mais cálcio do que aquilo que precisamos.

Normalmente, esse quadro se configura quando a vitamina D ultrapassa valores entre 120 e 150 ng/mL. 

Tal análise de sua concentração é obtida por meio de exames de sangue que são capazes de detectar os níveis de sua presença no organismo. 

Entendendo esses perigos, é preciso tomar um cuidado especial com aqueles que possuem histórico prévio de doenças cardiovasculares.

Os números de sua presença no sangue​

Ainda que cada caso precise ser analisado com atenção por um médico especialista, existe um consenso sobre aquilo que seria ideal para a presença da vitamina D no corpo humano.

  • Deficiência – abaixo de 10 nanogramas por mL;
  • Insuficiência – entre 10 e 20 nanogramas por mL;
  • Ideal – entre 20 e 60 nanogramas por mL;
  • Acima do ideal – entre 60 e 100 nanogramas por mL;
  • Superdosagem – acima de 100 nanogramas por mL.

Mesmo assim, vale ressaltar, novamente, que esses números servem somente de parâmetro e não consideram as caraterísticas particulares de cada indivíduo, os cuidados necessários que precisam ser tomados em cada idade específica e as possíveis doenças dos pacientes. 

Especialmente neste momento de pandemia, toda atenção é pouca e a automedicação pode ser fatal.

Como obter a vitamina?​

Reforçar a alimentação pode ser uma forma de obter a vitamina de forma natural. 

Alimentos como salmão, sardinha, cavala, atum em lata, cogumelo shitake, gema de ovo e carne são ricos no nutriente. Todavia, não basta apenas consumi-los.

Para que eles sejam realmente sintetizados no organismo, é necessário tomar um banho de sol diário. 

Para evitar problemas de pele, 15 minutos de exposição à luz, entre as 10h e 15h, é suficiente. 

Mas, mesmo seguindo todas essas recomendações, muitas pessoas continuam com níveis baixos e precisam recorrer à suplementação.

Por isso, procurar um médico é essencial para que ele recomende a dosagem ideal que seu corpo precisa para suprir essa deficiência sem causar danos maiores e provocar agravantes em seu quadro de saúde.

Recomenda-se que, principalmente aqueles que estão no grupo de risco, façam exames periódicos para identificar a presença de vitamina D no sangue e manter os seus níveis estáveis, mesmo em períodos em que a exposição solar acaba sendo menor por conta do isolamento social.


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