Reciclagem de móveis personaliza ambientes e reforça sustentabilidade

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  • Publicado em 20 de outubro de 2016 às 17:09
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:59
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Algumas ideias simples mostram como é possível reaproveitar objetos antigos ou sem uso na decoração

Muletas antigas são facilmente transformadas em prateleiras rústicas e charmosas. Uma tábua de carnes que está encostada e em bom estado pode virar porta bijuterias. Estantes podem surgir também com a reutilização de portas que já não servem. Para criar vasos diferentes, dá para aproveitar latas velhas ou tijolos, que vão receber as plantas de uma forma muito especial. E que tal renovar caixotes de feira ou uma televisão antiga para fazer armários para bebidas para lá de criativos?

Quem não gosta de itens de decoração lindos, práticos e supereconômicos? Algumas ideias simples mostram como é possível reaproveitar objetos antigos ou sem uso na decoração para conferi-lhes novas funções, comprovando que reutilizar, reciclar, reaproveitar, são termos que aos poucos estão cada vez mais presentes no cotidiano dos francanos. Que o diga o fotógrafo, agenciador de modelos e promotor de eventos, Mateus Lemos, que há três meses fez seu primeiro móvel reciclado. “Tudo começou da vontade de dar uma cara nova à mesinha de cabeceira do meu quarto. A madeira velha ganhou uma aplicação em tecido e uma nova cor. O resultado foi tão inspirador que depois disso não quis mais parar”, conta ele. A cada semana Mateus tenta fazer um novo projeto, tendo produzido armários, escrivaninhas, mesa de centro, luminárias, aparadores e puffs feitos de pneus usados. “Depois que você experimenta a sensação de transformar algo que ia para o lixo e a torna mais bonita para enfeitar sua casa sem gastar praticamente nada com isso, tendo orgulho de dizer ‘fui eu que fiz’, aí o céu é o limite”, diz.

Para o arquiteto Gustavo Castro, a ideia é fugir do óbvio e trazer novidade para coisas que já se possui. “É de suprema importância olhar aquele armário antigo, ou aquela estante velha e todo móvel cuja utilidade ou aparência não se apresenta mais contemporânea, com uma nova perspectiva de beleza, o que pode ocorrer mediante um trabalho de renovação bem realizado criando toda a diferença na decoração”, diz.

A sustentabilidade

O conceito de sustentabilidade tem grande responsabilidade nessa nova maneira de pensar o design de interiores. E não apenas pelo apelo comercial que essa palavra tem, mas pelo que começa a representar para o grande público: a preservação ambiental. “E nada mais sustentável que reaproveitar materiais ou móveis usados e transformar em algo novo”, reforça Gustavo. De quebra, é possível economizar bastante. Quem garante isso é Mateus, que gastou R$60 para dar vida à sua mesinha de centro feita de pallet. “Em que loja de móveis você compraria uma mesa de 1 metro e meio por esse valor? E só ficou nesse montante por conta do vidro que foi aplicado nela para finalizar, pois com os demais materiais gastei apenas R$ 15”, explica.

Mas há quem não consiga ver utilidade para algo sem uso ou que deixou de funcionar. “Para isso é preciso exercitar o olhar e tentar encontrar seja no lixo, na rua, na loja de R$ 1,99, na casa de amigos, algo que possa melhorar, tornar mais bonita. É uma questão de boa vontade em transformar as coisas”, salienta Mateus, que pretende montar uma página no Facebook com dicas do que se pode fazer para incrementar a decoração, reciclando sem gastar muito. Afinal de contas, reciclar é a palavra-chave para manter o mundo em harmonia com o homem.