Quais as condições que terão de ser seguidas pelas vacinas emergenciais? Veja aqui

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 17 de janeiro de 2021 às 21:00
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O Butantan deverá assinar o termo de compromisso para repassar informações à Anvisa e manter o monitoramento conforme novos dados são recolhidos

Coronavac produzida pelo Instituto ButantanA aprovação do uso emergencial das vacinas, sacramentada pelos votos do colegiado da Anvisa, vem com uma série de condicionantes.

A principal delas é um termo de compromisso que deverá ser assinado pelo Instituto Butantan, relativo à vacina Coronavac, desenvolvida em parceria com a empresa chinesa Sinovac.

A questão é que o Butantan não apresentou todos os dados previstos sobre a presença de anticorpos nas pessoas vacinadas, informa o repórter Reinaldo José Lopes, da Folhapress.

Idealmente, esses dados deveriam mostrar, de forma quantitativa, a presença dessas moléculas de defesa do organismo dos participantes do estudo no Brasil.

Ou seja, deveria haver uma correlação clara entre a vacinação e a quantidade (ou título, como dizem os pesquisadores) de anticorpos capazes de neutralizar a ação do Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19.

Isso aconteceu no caso das fases 1 e 2 dos testes da Coronavac (realizadas com menos voluntários), nas quais foi possível fazer essa medição, mas a fase 3 dos testes, com o maior número de participantes, ainda não tem esses dados disponíveis, segundo a Anvisa.

As informações repassadas por enquanto são qualitativas – ou seja, se as pessoas têm ou não os anticorpos no organismo –, mas ainda não quantitativas, estimando o nível exato de tais anticorpos.
Também não está clara a mudança desses níveis ao longo do tempo dos estudos.

O Butantan deverá assinar o termo de compromisso para repassar tais informações à Anvisa e manter esse monitoramento conforme novos dados são recolhidos.

Tanto no caso da Coronavac quanto da vacina de Oxford/Fiocruz, esse tipo de monitoramento constante nos próximos meses é a principal exigência da Anvisa para confirmar que as vacinas são seguras e eficazes a médio e longo prazo.


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