Por que arrotamos? Veja a explicação científica por trás do arroto

  • Nina Ribeiro
  • Publicado em 1 de fevereiro de 2025 às 12:30
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Tudo que entra precisa sair. Entenda como funciona o mecanismo fisiológico por trás do arzinho com cheiro desagradável que você expele pela boca após beber um refrigerante

Arroto é um processo normal para todo ser humano – foto Wikimedia Commons

 

Arroto é o nome que recebe a massa gasosa que escapa do nosso esôfago para a faringe de forma repentina.

É um evento normal, e que acontece até 30 vezes por dia numa pessoa comum. Especialmente quando você consome certas bebidas gaseificadas ou alimentos (falaremos deles mais adiante).

Essa massa gasosa pode se acumular por um grande número de motivos. Engolir ar sem querer (aerofagia) é uma das causas mais comuns, e pode acontecer quando você masca chiclete, bebe de canudo, fala e come ao mesmo tempo, fuma e tem ataques de ansiedade, entre outras situações.

Os bebês, por exemplo, engolem muito ar enquanto mamam no peito, por isso é importante que os pais façam a criança arrotar antes de colocá-la para dormir, ou ela pode passar mal.

Casos de aerofagia podem trazer, além do arroto, também flatulência e dor abdominal.

Outra causa muito comum para acumular ar no esôfago é consumir alguns tipos de comida e bebida, como refrigerantes, bebidas alcóolicas e alimentos que sejam ricos em amido, açúcar ou fibras. Estão inclusos nesse grupo: feijão, lentilha, brócolis, repolho, cebola, banana e outros.

Esses alimentos, muitas vezes, não são completamente digeridos no nosso trato digestivo, e as bactérias e fungos presentes no nosso corpo acabam consumindo esses restos e produzindo gás.

Quando o arroto vira problema médico?

Por fim, há um vasto número de doenças que podem causar maior frequência de arrotos, como o refluxo gastroesofágico crônico (GERD), a dispepsia e o transtorno de ruminação.

Pessoas com intolerância à lactose e doença celíaca também podem apresentar mais arrotos e flatulências.

O arroto só deve ser motivo de preocupação se ele se tornar muito repetitivo e começar a interferir em sua rotina, causando constrangimentos ou desconforto. Nesse caso, é preciso procurar um médico.

Além de tratar a doença que estiver causando o problema (se ela existir), outras medidas podem ser tomadas, como terapia ocupacional cognitiva e uso de medicamentos.

*Informações Galileu


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