Política de Restinga insiste em ficar na página de escândalos. Veja o que foi agora

  • Teo Barbosa
  • Publicado em 4 de agosto de 2021 às 12:00
  • Modificado em 4 de agosto de 2021 às 14:13
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Município de Restinga pode até ser pequeno no tamanho demográfico, mas é grande na hora dos problemas políticos

O presidente Julimar apresentou projeto proibindo a indicação de parentes para cargos comissionados e sofre retaliações

O clima político espantou a frente fria e incendiou a temperatura na Câmara Municipal de Restinga.

A mudança climática, que estaria associada à aprovação de um projeto que visa a moralidade na administração pública, provocou a renúncia de membros da Mesa Diretora e a tentativa de destituição à força do presidente.

A Justiça resolverá o conflito que envolve o presidente, os vereadores governistas e o procurador da Câmara.

Para entender a confusão é preciso voltar ao mês de abril, quando o presidente Julimar da Silva Rodrigues apresentou um projeto de lei proibindo a indicação de parentes para cargos comissionados em Restinga, prática conhecida por nepotismo.

Dois meses após a lei ter sido aprovada e sancionada e nenhuma providência ter sito tomada para coibir o nepotismo, Julimar da Silva Rodrigues pediu ao procurador que enviasse ao Ministério Público cópia da lei e a lista de possíveis nome de parentes de vereadores que ocupam cargo na administração.

Procurador

“Contrariando a minha determinação, ele encaminhou os documentos para a prefeita e não para o Ministério Púbico. Desde então, passei a sofrer retaliações”, conta o presidente.

Dias depois, chegou à Câmara pedido de investigação contra o presidente por suposto uso irregular de carro da Prefeitura, no mandato passado, e de suposta contratação irregular já durante sua gestão na Câmara.

No final de julho, os vereadores Fabinho do Pão de Queijo (vice-presidente), Alexandre Ferreira (2º secretário) e Rodolfo Soares ( 1º secretário) renunciaram aos cargos que ocupavam na Mesa Diretora.

“Foi uma estratégia para forçarem nova eleição e me tirarem da presidência. Eles estão chateados comigo, pois os parentes deles iriam perder os cargos comissionados que ocupam”, alega Julimar.

Depois do recesso

A confusão atingiu o ponto máximo na noite desta terça-feira (03), quando a Câmara retomou os trabalhos após o recesso.

Sem que houvesse qualquer ordem judicial a respeito, os vereadores não deixaram o presidente Julimar presidir a sessão.

“O vereador Alexandre Ferreira se achou no direito de assumir a presidência. Diante do circo que foi armado, decidi abandonar o plenário. Vou procurar os meus direitos na Justiça. Não vivemos uma ditadura em Restinga. As leis precisam ser respeitadas”, finalizou Julimar.

A população, interessada na moralização política, foi cobrar satisfação dos vereadores e a noite acabou em confusão

Populares lotaram a Câmara Municipal e manifestaram apoio ao presidente Julimar.

Diante dos protestos, o vereador Alexandre Ferreira e o procurador, Leonardo Neves, que “atuou” como vereador, tiveram que encerrar a sessão às pressas.

A Polícia Militar foi acionada por conta da aglomeração que se formou.


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