Pix completa 2 anos: meio de pagamento mais usado traz dinamismo à economia

  • Robson Leite
  • Publicado em 17 de novembro de 2022 às 22:00
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Sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC) já soma mais de 26 bilhões de transações pela ferramenta

O Pix completou dois anos nesta quarta-feira (16). O sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC) soma 26 bilhões de transações pela ferramenta desde sua criação em 16 de novembro de 2020, segundo dados da Febraban, que destaca que, nos últimos 12 meses, as operações utilizando o sistema cresceram 94%.

Esse número faz da ferramenta o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros, patamar atingido em fevereiro, quando ficou à frente dos cartões de crédito.

Logo em seu primeiro mês de funcionamento, o Pix ultrapassou as transações feitas com DOC e, no mês seguinte, passou também o TED (transferência eletrônica disponível). Em março de 2021, passou na frente em número de transações feitas com boletos e, em maio, ultrapassou a soma de todos eles, segundo levantamento da Febraban.

Além da praticidade em realizar pagamentos, o potencial do Pix em proporcionar dinamismo para a economia é destacado por especialistas como ponto forte da ferramenta.

Sem custos

“Por não ter impacto de custos e por ser muito dinâmico isso acaba melhorando a inadimplência do receber do negócio. Isso traz um dinamismo muito grande para a economia. O dinheiro circula mais rápido, consequentemente, bens e serviços acabam girando mais rápido também, seja na formalidade dos pequenos negócios, seja na informalidade com agentes autônomos e trabalhadores que acabam vivendo de renda de forma muito atrelada à produção”, diz Pedro Henrique Ricco, CEO da Delta Investor.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirma que o crescimento do Pix mostra a aceitação popular da ferramenta e é fundamental para impulsionar a bancarização no país.

“A inclusão financeira no país desde o seu lançamento tem se mostrado uma importante oportunidade para o Brasil reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie em transações comerciais e os altos custos de transporte e logística de cédulas, que totaliza cerca de R$ 10 bilhões ao ano”, disse em nota.

Evolução

“O Pix Saque e o Pix Troco são ótimos exemplos de evolução que foi rapidamente adotada pela população. Neste ano, R$ 202 milhões foram movimentados usando essas funcionalidades”, diz Rodrigoh Henriques, líder de inovações financeiras da Fenasbac.

Um levantamento mostra ainda a preferência pelo Pix que tem ultrapassado outros meios. Ao observar os pagamentos feitos “a vista”, a cada 5 pagamentos 4 são com Pix (80%) e 1 com boleto (20%).


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