Partido Novo faz evento em Franca para apresentar seu pré-candidato ao governo de SP

  • Caio Mignone
  • Publicado em 22 de junho de 2022 às 12:00
  • Modificado em 22 de junho de 2022 às 12:05
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Vinícius Poit diz que é o único pré-candidato que propõe redução de secretarias de estado, corte de privilégios e redução de impostos

O deputado por São Paulo, Vinícius Poit, está nesta quarta-feira (22) em Franca, para fazer o lançamento de sua pré-candidatura ao governo do Estado de São Paulo.

Vinícius Poit está acompanhado de Ricardo Mellão, pré-candidato ao senado. E aqui, se junta aos pré-candidatos a deputado.

Um evento está marcado para às 19h, no salão do Dan In Hotel, quando ele falará aos francanos de suas propostas para a administração estadual.

Antes de chegar, o candidato respondeu a algumas perguntas do Jornal da Franca, destacando que é o único candidato que não utiliza e nem utilizará dinheiro público.

Poit diz que vai diminuir as secretarias de Estado e que vai acabar com os privilégios, como prega os estatutos de seu partido.

Veja o que diz o candidato sobre temas importantes para a comunidade.

P – Franca está perdendo competitividade na área calçadista, por causa da disparidade da alíquota de ICMS. O que o senhor propõe para a cidade retomar sua potência dos anos 70/90?

R – Precisamos diminuir a carga de impostos do Estado de São Paulo, infelizmente, nós temos uma das maiores cargas de impostos do país e isso acaba aumentando o preço de tudo. Se eu for governador, uma de minha bandeiras será que São Paulo tenha a maior redução de impostos do Brasil. Para retomamos a prosperidade e o crescimento de São Paulo precisamos parar de fazer o governo inchar. Chega de governo rico e população pobre. Precisamos de população rica e governo enxuto.

P – As cidades do interior estão vivendo do recebimento de “verbas carimbadas”. Não se percebe um programa governamental de fortalecimento das várias áreas. O que esperar de um eventual governo do seu partido?

R – Bem, eu em meu mandato como deputado federal, adotei um critério técnico para distribuir emendas: avaliando a necessidade da solicitação e a lógica do seu uso, assim como a transparência e a prestação de contas para a população. Infelizmente, a maioria dos meus colegas deputados não faz o mesmo e dão emendas somente para locais que podem os favorecer, praticam o toda lá dá cá, e gente que realmente precisa fica sem nada. Como Governador, eu fortalecerei o critério técnico para ser justo na distribuição de recursos entre os 645 municípios. Ninguém terá favorecimento político. Chega de toma lá dá cá.

P- Franca tem uma fila de mais de 10 mil pessoas esperando as chamadas cirurgias eletivas. Se eleito, como resolver essa questão, que se estende por muitas cidades do estado?

R – São 3 ações prioritárias. A primeira é enviar recursos com critérios técnicos e reforçar a estrutura já existente em Franca por ex. A Santa Casa tem capacidade de expansão e de atender mais pessoas. Antes de construir um novo hospital, vamos reforçar, valorizar e utilizar melhor o que já temos.

A segunda atitude é focar na atenção primária. Prevenção e promoção da saúde. Reforçar a medicina de família e agentes comunitários de saúde para evitar que problemas simples se agravem e acabem super lotando as estruturas de média e alta complexidade, os hospitais de referência, as necessidade de cirurgias.

A terceira é a interoperabilidade dos sistemas. Precisamos integrar o sistema Cross do estado, com os sistemas de cada cidade e trazer mais eficiência para as filas. O prontuário eletrônico será essencial também para ajudarmos a aproveitar melhor a estrutura do estado e diminuir o gargalo de cirurgias, encontrando vagas mais rápido e criando mutirões num primeiro momento para ajudar a zerar a fila.

P – O que pode ser feito para oferecer uma educação de qualidade para as crianças e jovens, hoje sem grandes perspectivas futuras?

R – A educação é prioridade no meu plano de governo. Eu defendo o ensino em tempo integral (onde o contraturno, não apenas tirará as crianças das ruas e as assegurará um ambiente seguro e positivo, com projeto de vida, mas oferecerá reforço e esporte). Temos uma meta de 4500 escolas de ensino integral no estado, beirando praticamente a universalização do ensino integral.

O ensino técnico também deve ser incentivado e ampliado e de forma alinhada ao mercado de trabalho, para que o jovem saia da escola com uma maior possibilidade de vaga de emprego.

Vamos expandir a capacidade do Centro Paula Souza, e criar novas vagas através de parceiras como a que foi feito em MG pelo Zema, no programa Trilhas de Futuro. Empresas podem ajudar a custear cursos técnicos para alunos do ensino médio e até adultos tb que queiram um emprego. O estado atuará somente como um facilitador e não precisará nem colocar recursos nesses casos.

E, acima de tudo o respeito e a valorização dos professores.

P- O que pode ser feito para valorizar o servidor público?

Precisamos de uma Reforma administrativa séria que valorize o bom servidor. Hoje muitos servidores com propósito, com espírito de servir e com dedicação, acabam se desanimando porque não têm nenhum incentivo à mais e porque veem colegas ao seu lado sem o mesmo resultado, com pouca dedicação e entrega, e ganhando a mesma coisa, em alguns casos com estabilidade garantida. Pior ainda, veem uma elite do funcionalismo ganhando super salários e penduricalhos totalmente desproporcionais com a realidade do brasileiro e maioria dos servidores da base.

Assim como fiz no mandato de deputado federal, onde cortei todos os privilégios do mandato e acabei com os super salários da elite do funcionalismo federal, farei o mesmo no estado de São Paulo. Isso garantirá a valorização e o respeito dos servidores que fazem seu trabalho com excelência. Precisamos melhorar a avaliação de desempenho para valorizar e revisar algumas regras de estabilidade.

P – O Estado tem um gargalo atual e, mais ainda futuro, que é a questão previdenciária. Existe uma solução para essa questão?

R – Com o envelhecimento da população, o aumento da expectativa e um menor número de filhos por mãe, temos menos jovens trabalhando, menos jovens contribuindo para a previdência, e mais idosos dependendo desses recursos para sobreviver lá na frente. É óbvio que a conta não vai fechar. O sistema como um todo precisa ser revisto.

Assim como fiz no âmbito federal com a Reforma da Previdência, vamos continuar revisando os números e propondo melhorias no estado de São Paulo também.

Não dá pra termos alguns privilegiados que ganham aposentadorias integrais e gigantescas, de 25/30mil, e outros que mal recebem pra se alimentar, ou pior, não receberão nada, com o sistema quebrando.

Precisamos de um sistema justo pra todos e que garanta uma qualidade de vida mínima lá na frente.

P – Como o seu partido pode sensibilizar o eleitor de que é a melhor opção para governar o Estado?

O Partido Novo tem uma proposta diferente dos demais partidos políticos. Defendemos e aplicamos na prática a transparência, o respeito pelo dinheiro do pagador de impostos e o incentivo ao empreendedorismo. No final de Maio, devolvemos aos cofres públicos 87 milhões de reais do Fundão. Que outro partido teria essa coragem? Nossos parlamentares usam poucos assessores e abrem mão de benefícios. O partido Novo defende a menor intervenção do Estado na economia e na vida das pessoas, o fim dos privilégios a políticos e elite do funcionalismo, programas assistenciais que promovam a autonomia das pessoas e não na manutenção da pobreza e dependência. Também somos frontalmente contrários a qualquer tipo de corrupção, apoiamos a prisão em segunda instância e o fim do foro privilegiado.

Aqui no estado de SP sou o único pré candidato ao Governo que não utiliza nem utilizará dinheiro público pra campanha. O único diferente pra valer. O único que desde já propõe redução de secretarias de estado, corte de privilégios e redução de impostos.


+ Política