O ESSENCIAL INVISÍVEL AOS OLHOS

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 17:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:04
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A criatividade da impregnação, distanciamento e convergência

Título (O ESSENCIAL INVISÍVEL AOS OLHOS) e subtítulo (A criatividade do distanciamento) parecem contraditórios. Se o “ESSENCIAL” é desconhecido afirmar que sim, são contraditórios não seria um equívoco.

Pensar no essencial como algo vivo, consciente, investigado. Em resumo: O mais claro e consistente o possível. Neste caso, a melhor maneira para a criação seria o distanciamento.

A expressão “O essencial é invisível aos olhos” do livro “O Pequeno Príncipe” do francês Antoine de Saint-Exupéry resume de maneira genial a causa de muitos problemas gerados pela falta de solidão.

Os indivíduos parecem esquecer de sua essência uma vez que se adequam a moda, abandonam o pensamento crítico, intuição e o mais importante: Parecem ter perdido a paciência de olhar com calma para o essencial, para si mesmo. Não que a moda seja má, a vilã. O conforto de uma roupa ou a qualidade de um bom perfume são prazeres a serem desfrutados.

O ponto está na ESSÊNCIA.

Diante de muitos desafios, talvez, a melhor coisa a se fazer é decompor o problema.

  • Todo problema tem uma realidade. Portanto a primeira coisa a se fazer (aqui, sem intenção de receitas) é se impregnar do problema, chegar perto dele, suportar o desconforto, abraça-lo, senti-lo, tocá-lo, investiga-lo;
  • Depois se distanciar. Divergir daquilo que é real. Ao contrário de fugir divergir é olhar mais de longe, imaginar e deixar o ócio criativo trabalhar um pouco;
  • Como a vida não é um conto de fadas, convergir é preciso, ou seja, cruzar a IMAGINAÇÃO com a REALIDADE. A trilogia Divergente ilustra de maneira muito envolvente estes conceitos.

Talvez, a impregnação do problema seja na atualidade a etapa mais frágil em nossa sociedade. Deturpada pela própria escola, mídia, formadores de opinião, fascistas, entre outros indivíduos que tomam ciência como podem ou querem, elevam isto ao imaginário e cruzam com mais uma porção de opiniões que visam benefícios próprios.

Crianças, geralmente desmontam brinquedos para ver o que tem dentro. Na verdade, estão interessadas em sua essência. E assim também se distanciam. Assim parecem se sentir preparadas para remonta-lo ou criar uma versão melhor. Como no LEGO.

Muito longe de Insurgência. O povo brasileiro não tem potencial para revolucionar até tomar conhecimento real das coisas para começar a pensar em soluções.

*Essa coluna é semanal e atualizada às quartas-feiras.


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