Mesmo com teletrabalho, Fóruns vão continuar atendendo os advogados e a população

  • Nene Sanches
  • Publicado em 17 de maio de 2021 às 19:30
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Afirmação é do presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que vê o teletrabalho como irreversível, porém garantindo o direito de advogados e das pessoas

De acordo com o levantamento, o Tribunal de Justiça teve uma economia de cerca de R$ 250 milhões com o teletrabalho

Em notícia publicada pelo Estadão, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, que lidera a adoção de teletrabalho na Corte, diz que a manutenção do teletrabalho após a pandemia não distanciará a população da Justiça.

O que os levou a manter o trabalho remoto após a pandemia?

Entendemos que isso funcionava bem em todos os aspectos, do trabalho, do conforto para magistrados e servidores, da economia orçamentária, decidimos dar um novo passo.

Estabelecemos o teletrabalho para as unidades administrativas. Em 120 dias, 70% dos servidores do tribunal vão trabalhar remotamente.

Estendemos a medida para magistrados e servidores. Para estes, ele será de até 50%, pois não podemos deixar de atender fisicamente nos fóruns e no tribunal.

Não podemos abrir mão do contato com o cidadão e com os advogados.

Como funcionará o sistema?

Ela terá caráter facultativo e estamos tentando promover mecanismos de motivação e comprometimento com metas.

Uma delas é aumentar a produtividade do magistrado. Não perder duas horas no trânsito indo e voltando para o fórum permitirá ter mais tempo para estudar as causas.

A advocacia tem preocupações sobre o trabalho remoto.

Os advogados reclamam de alguma dificuldade de acesso aos magistrados. Nesse tempo, estabelecemos um acesso objetivo.

O advogado quer falar com o magistrado? Manda um e-mail e o magistrado ou o assessor marca um horário – se for urgente no mesmo dia. Funciona bem em um porcentual muito alto.

Em alguns momentos não funciona e precisamos aperfeiçoar. Um dos requisitos para o magistrado permanecer no sistema remoto é o atendimento às partes.

O trabalho das câmaras e do órgão especial também mudou?

O trabalho remoto implicou não só nas audiências de primeiro grau, mas também mudou as sessões de julgamento de segundo grau.

Hoje 75% dos processos são eletrônicos. E os 25% restantes – 9 milhões – serão digitalizados em quatro anos.

Nas sessões de julgamento em videoconferência, os advogados podem sustentar suas posições.

Aumentou o número de sustentações orais, pois o advogado que vinha de longe e tinha dificuldade econômica passou a ter a possibilidade de se apresentar. Isso está funcionando muito bem.

(Com informações do Estadão)


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