​Impasse na Câmara de Restinga deixa servidores sem pagamento

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 10 de dezembro de 2019 às 19:35
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:07
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O transtorno não é causado por falta de dinheiro. Os recursos estão depositados nos cofres públicos.

Os cerca de 300 servidores públicos municipais de Restinga ainda não receberam os salários referentes ao mês de novembro, que deveriam ter sido depositados na sexta-feira, dia 6. 

Os funcionários também correm o risco de ficarem sem a segunda parcela do 13º salário prevista para ser paga até o dia 20.

O transtorno não é causado por falta de dinheiro. Os recursos estão depositados nos cofres públicos. 

O prefeito Amarildo Nascimento afirmou ao repórter José Antônio, que tem mais de R$ 1,6 milhões na conta da Prefeitura de Restinga para efetuar o pagamento de novembro e a segunda parcela do 13º salário.

O motivo para o atraso é a resistência dos vereadores da oposição em aprovarem projeto de autoria do Executivo que autoriza a Prefeitura a fazer alterações no orçamento e, assim, efetuar o pagamento aos servidores.

Segundo o prefeito, ele cancelou as sobras das dotações orçamentárias de todos os departamentos da Prefeitura e suplementou a dotação para pagamento de pessoal. Para ele, é apenas uma questão de transposição de verbas, nada mais.

O projeto deu entrada na Câmara no dia 27 de novembro. A votação seria realizada na sessão do dia 3 de dezembro e, em caso de aval dos vereadores, o pagamento dos servidores seria feito no dia 6, como programado. 

Mas o vereador Donizete Montagnini, o Zetão, ex-prefeito da cidade, pediu vistas e foi seguido pelo bloco de oposição, o que adiou a votação e provocou o atraso no pagamento dos servidores.

Com a decisão, uma nova sessão extraordinária foi marcada para esta segunda-feira, 10. Uma discussão entre os vereadores de oposição e da bancada governista impediu a votação. 

Os servidores da Educação prometem fazer um protesto nesta quarta-feira e ameaçam entrar em greve a partir de sexta-feira caso os salários não sejam pagos.

Pressionada, a Câmara realizará sessão extraordinária, às 11 horas, para discutir o projeto.

“Eu gostaria de já ter feito o pagamento. Nós temos mais do que o dinheiro necessário, só depende de a Câmara autorizar, mas os vereadores se recusam a votar por questões políticas. Enquanto eles ficam com picuinhas, os servidores estão sendo prejudicados”, disse o prefeito Amarildo Nascimento (MDB).


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