“Horror”, é a palavra do presidente do Sindicato Rural de Franca pelas geadas

  • Robson Leite
  • Publicado em 30 de julho de 2021 às 11:03
  • Modificado em 30 de julho de 2021 às 13:37
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O presidente do Sindicato Rural de Franca disse que praticamente todas as prefeituras da região vão decretar estado de calamidade pública.

Teve fazenda cafeeira que perdeu 100% da lavoura com as geadas deste mês

Se tem uma palavra que pode definir os estragos causados pelas geadas nem Franca e cidades da região, é “horror”.

José Henrique Mendonça, presidente do Sindicato Rural de Franca, fez um balanço dos estragos e da previsão de quebra das lavouras.

O setor cafeeiro foi o mais afetado pelas duas geadas – a de alguns dias atrás e as desta semana.

Segundo ele, é possível estimar a perda de mais de 10.000 hectares de café. Em alguns lugares a perda foi de 100%, em outras houve menos perdas.

Cenário

Ele disse que em algumas fazendas a geada caiu na mesma área atingida antes. Em Pedregulho, teve baixa e alta intensidade. Cristais Paulista repetiu o cenário.

José Henrique acredita que vai ter muita lavoura sendo erradicada este ano. “As lavouras de até 4 anos não vão aguentar os efeitos das geadas”, disse ele, explicando que as plantas estão escurecendo e necrosando o caule.

Ele acredita que também vai ter problemas mesmo nas áreas que não foram atingidas. Por causa do frio de 0 a 2 graus, as plantas não foram queimadas, mas vão reagir de forma vegetativa e não vão ter floradas.

A previsão é de uma quebra de 35 a 40% para 2022, conforme conversado com integrantes da Frente Parlamentar que veio à região para analisar os estragos.

Calamidade

O presidente do Sindicato Rural de Franca disse que praticamente todas as prefeituras da região vão decretar estado de calamidade pública.

O caminho é buscar recursos no governo federal para que o produtor não pare de investir. A preocupação é evitar o desemprego imenso no próximo ano, para evitar um problema social na região.


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