Hormônio natural melhora o desejo sexual em mulheres e homens, mostram estudos

  • Nene Sanches
  • Publicado em 6 de fevereiro de 2023 às 19:00
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Estudos com público maior são necessários tanto para confirmar os resultados, quanto para avaliar eventuais efeitos colaterais

Dois pequenos ensaios clínicos, envolvendo apenas 32 homens e 32 mulheres heterossexuais, concluíram que o hormônio natural kisspeptina consegue elevar o nível de desejo sexual das pessoas.

Os voluntários eram pessoas que se sentiam incomodadas com o próprio nível de desejo sexual, considerado por elas próprias como baixo.

Os médicos chamam essa condição de TDSH, ou transtorno do desejo sexual hipoativo, uma condição caracterizada por baixo desejo sexual que é angustiante para o próprio indivíduo.

Reprodutivos

Kisspeptina é um hormônio natural que estimula a liberação de outros hormônios reprodutivos dentro do corpo.

A equipe do Imperial College de Londres (Reino Unido) já havia demonstrado em homens com desejo sexual típico – ou “normal” – que a kisspeptina aumenta as respostas aos estímulos sexuais e reforça as vias cerebrais da atração, independentemente de outros hormônios reprodutivos, como a testosterona.

Agora, eles investigaram os efeitos em mulheres e homens com baixo desejo sexual pela primeira vez.

Uma cura para a baixa libido?

Em ambos os estudos, um com os homens e outro com as mulheres, os pacientes foram submetidos a uma varredura do cérebro usando ressonância magnética, bem como testes de sangue e comportamentais.

A administração de kisspeptina melhorou o processamento cerebral sexual nas mulheres e nos homens, resultando em efeitos positivos no comportamento sexual em comparação com o placebo.

“Coletivamente, os resultados sugerem que a kisspeptina pode oferecer um tratamento seguro e muito necessário para o TDSH que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e esperamos levar isso adiante em futuros estudos maiores e em outros grupos de pacientes,” disse o professor Waljit Dhillo.

Segundo o portal Diário da Saúde, os estudos com um público maior são necessários tanto para confirmar os resultados, quanto para avaliar eventuais efeitos colaterais do tratamento.


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